terça-feira, 19 de abril de 2011

17 de abril de 2011. Lua cheia? Cotunduba!

Claudinha veio direto de Búzios para dormir no Rio. No Rio? Não, nas beiradas do Rio. Já estava programado faz tempo uma dormida sob a lua e sobre a pedra. Uma pedra imensa que chega a virar Ilha, Ilha da Cotunduba. A Cotunduba é uma ilha especial, com platô, floresta, paredões, paredes de cristal e um entorno de perder o fôlego. De um lado Niterói, do outro o Rio e no meio 24 remadores completamente sincronizados e com o mesmo objetivo: tomar banho de lua! E de manhã, mais banho de lua para preparar o banho de sol.
Claudinha remava completamente zen e o dia escurecia, escurecia, escurecia... e Claudinha remava zen, zewn, zen... Resultado? Um bom tempo na escuridão esperando o melhor jeito de desembarcar. Escuridão nada pois a lua ja ia alta e tudo iluminava. Mas era noite e noite dá impressão de escuridão. So impressão. Mas basta essa impressão para duvidar que a subida na ilha com as canoas seria a melhor opção. O mar lambia a beirada da ilha, não a ponto de não nos deixar subir mas com força suficiente para colocar em risco as canoas. Sendo assim, foram fundeadas na enseada. André  e Simone foram fundamentais para fundear as canoas e subir o povo ilha acima.
Junto da ilha diversas canoas, caiaques, uma lancha e a Lerua, a canoa havaiana à vela do Hugo. Lá em cima da ilha foi hora de trocar  a roupa molhada, abrir uma canga e colocar as comidas e bebidas levadas pelo povo flutuante. Um verdadeiro banquete!
Aos poucos foram chegando mais remadores e no final éramos 24. Chicó chegou já tarde mostrando que a luz da lua dispensava lanternas. O mar generoso empurrava os remadores para a Ilha, nada de vento, nada de ondulação arisca. Um verdadeiro convite!
Violão, gaita, vinho e um vento gostoso que nem pedia casaco. No céu? Uma lua imensa prateando tudo! Indescritível!
Na ilha fizemos uma pequena expedição para ver a parede de cristal em uma fenda em que só entramos engatinhando. Deslumbrante, pena que existem pessoas que não se comovem com tanta beleza e castigam o lugar. Um cheiro insuportável nos fez olhar de relance os cristais e rumar para fora da toca. Diacho de gente ruim!
Mas fora esse cheiro ruim e as baratas que circulam pela ilha, tudo é mágico!
Claudinha parceiraça colocou o isolante térmico ao lado do meu, colocamos os sacos de dormir e minha cama de pedra não ficou a dever nada a minha cama. Ainda mais com um lustre daqueles! Uma lua imensa imensa imensa e um rastro prateado que nos levava até Niterói prometia uma noite de sonhos.
E o amanhecer? Ah, isso merece uma outra página!

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