quinta-feira, 7 de abril de 2011

07 de abril de 2011. Águas claras mas nem tanto...





Um dia azul com um sol surgindo atrás das montanhas de Niterói prometia uma bela remada. Já cedo a cidade acordava com muita luz. O sono do morador de rua sob uma das canoas não foi perdoado, nem pela luz e muito menos pela conversa dos remadores. Presença indesejada por ali, o homem é o unico animal que suja o lugar que dorme... bom, existem os porcos, mas só sujam quando limitados pelo homem aos chiqueiros. 
Duas canoas com cinco remadores confirmaram o sinal de remada boa saindo dali da Praia Vermelha. Dia 01 de maio vai haver a Taça Comodoro, uma competição de canoas havainas que sairá da Praia da Urca e voltará depois de visitar as beiradas do Projeto Grael. Hoje pela primeira vez senti o cheiro do começo da formação da equipe feminina que irá participar. Em cima do laço!
Andreia, Carlota, Ester, Paola e eu levamos uma canoa leve ate o posto 6 em ritmo de educativos. A maré forçou um pouquinho na ida mas não impediu que navegássemos sempre a frente da outra canoa lemeada pelo Jonhy. Seguimos as dicas do Léo e não nos arrependemos, canoa fluiu bem singrando a ligeira ondulação.
A canoa foi tão equilibrada que passamos por todas as esquinas com todas remando do mesmo lado sem que a ama levantasse, corpo no centro da canoa, pés apertando o seu fundo para ajudar no balanço e lá fomos nós.




No Posto 6 a recompensa pela concentração. Mergulho em águas transparentes de dar para ver o fundo de areia a cinco metros da superfície. Fotos em cima da canoa, fotos na água, fotos debaixo da água, o treino assim vai longe...




A volta foi com a ajuda graciosa da maré embora com uma pequena retenção ao chegar na esquina do Leme. Sorte que o vento nem dá as caras nesses dias de outono. Ester sugeriu que talvez hoje fosse dia de voltar mais pelo meio do canal mas já estávamos coladas na pedra quando veio a dica. Jonhy nos seguiu, sendo assim não pensei que o trajeto pudesse estar errado.
Nada de contornar o Anel em um momento em que acabavamos de voltar para a leveza da remada mas uma passagem pelo Anelzinho nao nos escaparia.
Foi ali que constatamos que as águas estavam transparentes mas nem tanto... Puxa vida, não tem tapete no mar mas a maré jogou todo o lixo para trás da ilhota, um verdadeiro horror sobre a tona verde transparente do mar. Surpresa nem um pouco agradável. Mas tudo o mais foi agradabilíssimo, fazia tempo não remava com tanto gosto. Saudades das meninas, do conjunto, da segurança de remar em equilibrio. Interno e externo.


Desembarque sem muitos sustos mas com muito peso, nessa hora que a leveza da canoa some feito fumaça no ar e nos traz a dura realidade de fim de treino. Salta, empurra, foge da lambida, ai, que peso... Sorte nossa existir o Jorjão!
E assim continuou a manhã tal qual começou, com um Chopin pensativo olhando o dia esquentar e um barco de guerra passar ao longe. De perto... muita paz!


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