Saí preguiçosa na dúvida se seria melhor enfrentar o trânsito até o Horto e subir entre vários ciclistas ou pegar o pequeno trecho do Flamengo até a rua Alice e subir por uma ladeira deserta.Paineiras.
Comecei devagar pelas ruas vazias do Flamengo e já subindo a rua Alice o corpo foi aquecendo e eu me convencendo a ir só mais um pouquinho.
De pouquinho em pouquinho já estava na Júlio Ottoni, mas um pouquinho e chegava nos trilhos da rua Almirante Alexandrino. Ah... reta danada de boa mas com muita atenção para não escorregar nos trilhos. Não tem como não seguir por ela mais um pouquinho. Mais um pouquinho ainda e já estava na reta da morte antes de chegar no mirantre Dona Marta. Suava em bicas e nada de encontrar nenhum ciclista.
Mesmo assim segui. Depois soube por dois ciclistas, já lá no alto na cancela, que o Morro dos Prazeres estava pacificado e coisa e tal.
Uma parada breve no Hotel das Paineiras, há anos abandonado, e era hora de descer as ladeiras. O caminho para as Paineiras é mais longo do que o do Horto mas menos íngreme e a descida tem um asfalto mais bem tratado permitindo que as curvas sejam aceleradas e deitadas. Sensação de gaivota, ou mesmo de gavião, encontrei com um na subida e outro na descida. Ou seriam os mesmos já que estavam na mesma curva do mirante Dona Marta?
Já no asfalto, entre os carros, reconheço que a decisão de rumar para as Paineiras foi brindada com um caminho mais curto e com menos trânsito até em casa. Uma hora e cinquenta minutos é o tempo total gasto de entrada e saída na minha garagem. Para o Horto gasto duas horas e um pouco mais de adrenalina para enfrentar o trânsito.
A situação então é essa... adrenalina pelo trânsito ou pelo receio da violência ainda rondar as ladeiras desertas de Santa Teresa? Vou na fé pelas ladeiras das Paineiras! Adrenalina virá seja qual for o rumo...
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