quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

20 de fevereiro de 2013 As beiradas que me levam...

Um dia de verão para ninguém botar defeito. Sol lindo nascendo às seis da manhã e um mar de almirante a perder de vista. A perder a hora, a perder a cabeça.








Acordei me sentindo um pouco só, mas tão logo sentei em Janaína e liguei a música do meu ipod comecei a observar que não estava sozinha, estava cercada de azul, mar, ilhas, gaivotas. Solidão boa.
Apesar da corrente estar ligeiramente de sul, cheguei com Janaína no posto 6 em 30 minutos. Hummm, que mar é esse? Liso, verde, de águas com temperatura perfeita para um mergulho. Seguindo o treino de Gi ainda havia um bom trecho para terminar, então porque não seguir adiante?
E seguindo cheguei ao Leblon bem debaixo dos Dois Irmãos. Sessenta e cinco minutos de verdadeiro êxtase.






Acompanhar uma sequência de remadas que variam em número e intensidade nos distrai pelo percurso, mesmo que diante dessas beiradas não precisemos de qualquer distração, ao contrário, é necessário observar, contemplar... mas isso poderia ser feito na volta!



Praias ainda desertas, mar populoso de nadadores e banhistas, os quais fui raspando com Janaína. Voltamos beirando a areia no sobe e desce das ondas pequenas que quebravam sem assustar ninguém.
Lá no Arpoador um desembarque para tomar uma água de coco pois com esse calor é necessário se hidratar.








Entramos na água e rumamos de volta para a praia Vermelha. Fui lembrando do texto do Antonio em sua remada solo para as Cagarras, ele falava de solidão, de medo mas também de uma paz indescritível e de crescimento como gente.
Na curva da pedra do Arpoador experimentei um pouco do medo, que sempre é necessário nessa vida para gerar a coragem. Cresciam algumas ondas que lambiam o paredão da pedra, mas ao entrar raspando a pedra com Janaína fui percebendo que bastava apontar a proa para o lugar certo que singraría o mar sem nenhum perigo, fui acalmando e voltando ao êxtase. O mar estava tranquilo.
Um vento leve mas constante vinha ao meu encontro ao entrar em Copacabana e continuei beirando a areia até o caminho do pescador no Leme.






Logo logo já entrava na Praia Vermelha ajudada por uma corrente generosa que me explicava que o Leblon não é tão longe assim. Pena mesmo só o lixo que insiste em nos trazer à realidade urbana, cato o que posso.








segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

04 de fevereiro de 2013. Água por todos os lados...

Quem disse que chuva espanta? Eu e a torcida do Flamengo. Mas não espanta a Argentina que seis da manhã estava lá na areia para levar Abaeté ao conserto comigo. Fomos cada uma em uma dupla e posso dizer que andamos muito bem. Na volta pularia para Kiara.
Antônio também estava ali para nos salvar com seu cafezinho quentinho e para deixar se abraçar bem apertado. Afinal, hoje é dia do aniversário dele. parabéns Carango!
Duas canoas do Urca Vaa também aproveitaram as beiradas chuvosas.
Parece que a canoa tomou uma bala perdida pois nunca vi um machucado assim, redondinho... talvez por isso a Argentina anda com um colete que parece à prova de bala.
Bom, não sei se é a prova de bala, mas a prova d'água sei que não é, pois nos molhamos bem na remadinha deliciosa sob uma chuva que cessou só na hora que precisou... para montar as canoas e deixar Abaeté no Guanabara, somente nesses momentos houve trégua. Do Guanabara apontamos para a praia do Flamengo para visitar Carlota em suas aulas de sup, mas hoje  a chuva espantou até os Moisés das águas. Depois foi apontar para o forte do Lage sobre Kiara, com Letícia, que a chuva voltou a cair.












































Nunca tinha observado o farol do Forte Lage piscando verde, achava mesmo que estava desativado. Lá do lado dava para ver a maré cheia que dava acesso a escadaria sem maiores esforços. As beiradas sob chuva são lindas!
Ao chegar na praia da Urca brinquei olhando para os céus: - Agora pode desabar! Para que fui desafiar? Um toró acabou de lavar areia, canoa, beirada, e mais um pouquinho da alma. Delícia!
Remadinha esperta sobre um mar flat e bem sujinho, mas não importa, o prazer de ver o céu desabar e não ligar, pois há água por todos os lados, não tem preço.
Baía vazante, o que podia ser percebido com as popas dos barcos todas viradas para fora. Leitura zen da maré, como diz a Flavinha. Funciona, nos mostra para onde embicar a canoa sem desviar muito da rota. O mar é sutil, deve ser lido pelas beiradas...
Uma hora e vinte de remada e alma lavada, de chuva e de felicidade. Valeu parceira. quem disse que a chuva espanta? Não fomos nós!