sexta-feira, 29 de julho de 2011

29 de julho de 2011. As beiradas sobre um pranchão...







Presente de grego. Assim que chamam os presentes que presenteamos querendo também usufrui-lo. Assim subi em uma stand up nas beiradas da Urca para conferir um outro jeito de navegar. Ops, diferentemente da prancha estável sobre as águas lisas de Angra que remei outro dia, lá estava eu me equilibrando num pranchão em um mar emarolado pelo vento.
Théo e Gi foram acompanhando, Théo em uma prancha mais estável e Gi sobre Juréia. Vento sobre a Baía mexendo com a superfície lisa do mar e um céu azul lindo. Esse era o nosso pano de fundo.
Na beiradinha as águas transparentes me animaram mas foi só sair 50 metros da areia e já pensei:
- Argh, não quero cair nessa água imunda!








Barcos para lá, barcos para cá, marolas, risadas e lá fomos nós para o meio da baía testar o novo brinquedo. Gisele nem pensar em subir na prancha, ia segura sobre Juréia... ou quase.
- Aaaaiiiiiiiiii, putz, agora que estou nojenta, quero remar no pranchão!
Eu já estava nojenta faz tempo, já havia caído uma vez.
Parecia que baixava um santo em Gisele, ia para frente, para trás, dava uns gritos, girava o remo no alto... mas acabou pegando o jeito.










Mas o vento que empurrava a maré para dentro da baía não nos deu sossego. Pegamos o jeito para ir, perdemos o jeito para voltar. Tombos e mais tombos nos fizeram perder o visor da máquina e a direção. Nos restou em alguns momentos remar de joelhos, sentadas, de qualquer jeito que fizesse a prancha voltar para a Praia da Urca. Dia de semana não deveria ventar, não temos muito tempo para conversar com o vento.






Águas negras e fedorentas pediam um banho de sabonete cirúrgico ao chegar em casa. Mas ainda assim é o melhor lugar para testar a prancha, mais algumas centenas de idas e tombos e estaremos prontas para enfrentar as marolas do posto 6.
As fotografias virão depois quando eu colocar o cartão em um leitor. A máquina já era! Chegaram as fotos Théo!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

28 de julho de 2011. Uma única onda...







Esse horário de 5:45 para pular da cama é desnecessário, mas vamos lá. Seis horas da manhã e tres canoas de seis já estavam na areia esperando ser amarrradas às amas. Céu cinza e nem uma luz de raio de sol, só luz de sol escondido. Mas ainda assim as beiradas estavam lindas.
Saudades do blog mas estou em dia com o mar. Depois posto as fotografias em atraso.
Canoinha leve mas ficando para trás. Assim fomos até o posto 6 para o mergulho matinal. O mar está delicioso de navegar e Jonhy no leme faz parecer sempre que a maré está a favor. O mar está vazio de gente, de barcos, de canoas, de navios militares... mas cheio de gaivotas.












Lá no posto 6 resolvi sair do motor direto para a individual onde estava o Malza. Trocamos de banco sem molhar as bundas. Saudade de remar solo. E pensar que Janaína está lá na minha garagem, linda e consertada me esperando para a levar ao mar. Mas hoje não era dia de individual, foi um imprevisto.







Em outra individual estava o Dudu  e pensei em voltar logo para não ficar tão atrás do grupo.
- Vamos descer uma ondinha Lelê!
Eu já tinha visto uma onda deliciosa lambendo o paredão do Marimbás, sabia que ali tinha jogo e diversão. Só não sabia se eu teria muito tempo para ficar esperando as escassas ondas.
Foi voltar mais atrás em direção à lage e ver uma ondinha crescendo, fui virando, virando, virando e ops... estou dentro! Ainda vi de relance o Dudu pegando a crista e ficando pela rabeta da onda. Valeu! A única onda me levou em um deslizar delirante de gostoso até quase a beirada. |Estava pronta para voltar para casa.



O grupo já ia longe, a perder de vista. Mas não faz mal, adoro também carreira solo. Dudu tomou a dianteira e só lá na frente parou para me esperar. Me ouviu chamar mas não chamei. Certamente eram gaivotas. Mas não precisavam chamar o Dudu, aqui nessas beiradas me sinto em casa. Por um momento ainda pensei que eu estava sem colete, sem telefone, ao Deus dará. Mas ainda assim me senti em casa, matando as saudades de mim mesma.



Mais um pouco e já virei ali na Praia Vermelha fugindo da tentação de contornar o Anel. Não sei o código do caixote e precisava chegar com o grupo ainda ali para pegar minhas chaves.


Mas contornei o Anelzinho assim que vi que ainda estavam ali desarmando as canoas. Muito lixo, muito triste. De doer. As águas estão lamentáveis de sujas. Espumas, plásticos, pás, e um monte de objetos não identificados.





Desembarque com o auxílio do Dudu queridíssimo e depois foi jogar conversa fora, entrar no carro e voltar para a terra para mais um dia de trabalho.