sábado, 16 de abril de 2011

16 de abril de 2011. Dia de mutirão










As areias da Praia Vermelha faz tempo estão condenadas. Qualidade péssima e todos nós estamos sujeitos a arranjar umas perebas por ali, talvez por isso o meu apelido tenha virado Lereba... ou Lêpstopirose. Enfim, hoje foi dia de fazer uma limpeza simbólica por ali.
Digo simbólica pois a limpeza tem que ser preventiva, a saída é educacional. Mesmo gastando duas horas e formando um imenso cordão que levava os baldes cheios de areia suja e voltava com os baldes cheios de areia menos suja, o que conseguimos foi renovar por um tempo o redor dos cavaletes onde descansam as canoas. Ao menos o aspecto e o cheiro de urina e coco diminuíram bem por ali. Mas sabemos que esse movimento tem que ser contínuo.



Mas o que importa foi ver dezenas de pessoas unidas ajudando a melhorar o lugar em que acordamos todos os dia de manhã.



Para brindar esse mutirão fomos descansar mergulhando na enseada da Cotunduba. Tres canoas com seis remadores aproveitaram as águas calmas e verdes e foram contornar a Ilha da Cotunduba. Merecemos o mergulho e o passeio.
O céu está lindo de limpo e o Rio visto do mar realmente é indescritível. Uma maré deliciosa trouxe as canoas de volta fazendo o circuito completo da Ilha do Anel e do Anelzinho. A Ilha do Anelzinho quase ficou de fora pois em um erro de cálculo a canoa pareceu que ia subir pelo costão acima. Curva abortada. Mas idéia fixa é ideia fixa e em um 360 graus voltei para contornar o Anelzinho. A canoa entendeu que margear costão, contornar ilhas e fugir de ondas na entrada e saída do mar são movimentos que exigem empenho na remada, remada frouxa faz perder a direção.












Muito lixo nas águas, muito mesmo. As beiradas precisam de mais cuidados, de gente que cuida ou que ao menos não suje. Mas enquanto isso não acontece, vamos limpando pequenos espaços das beiradas, o resultado externo pode parecer pequeno mas aqui dentro sabemos como é imensa a sensação do fazer. Manhã fechando com um chop na mureta do Bar Urca. Na caminhada da volta o encontro com Flavinha e Cia que deixaram as portas do Clube de Canoagem lindas de azul ali nas beiradas da Urca. Outro espacinho cuidado. De espaço em espaço quem sabe as beiradas do Rio não amanheçam limpas um dia?

Um comentário:

  1. Oi Lelê. Que maneiro. Gostei muito do texto e de ver a galera unida, cuidando da casa. Quem sabe não é um ponta pé inicial. Muito bacana. Fiquei pensando o dia inteiro no mutirão. Podemos mais. Foi só o começo. Grande beijo. Léo.

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