domingo, 29 de julho de 2012

28 de julho de 2012. A caminho de Jurujuba...

Dia de curso de leitura de previsao do tempo la em Jurujuba, na sede do projeto Grael. Bom rever pessoas amigas, mas o melhor mesmo foi o meio de transporte para chegar: Janaina, Flavia veio junto com Elisa e Sussuca com Iemanja. Daniel veio de caiaque. Pelo caminho fomos encontrando muita gente sobre um mar generoso que fez da travessia do canal um verdadeiro prazer. Guimaraes Rosa bem que diz que o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.


















































sábado, 28 de julho de 2012

27 de julho de 2012. Domando Abaeté.

Hoje saimos inicialmente em grupo, depois voltei só para o mar com Janaína. As águas da Urca continuam claras mas um cheiro de esgoto logo ali na curva da mureta e o monte de plásticos e etc boiando confirmam que as aparências realmente enganam.













Um mar picado com um ventinho safado fazia Abaeté bater o bico na água com uma certa constância, principalmente por não ter peso na frente. Saí em carreira solo com Abaeté escoltada por Letícia sobre Janaína, Flávia sobre Elisa, Tonho sobre Ulmo e Débora sobre Parati. O roteiro era circular o forte da Lage, que aliás estava lindo iluminado pelo sol que já nasceu quente.
Na frente do forte um mar encrespado que não chegava a incomodar, por trás um mar liso mostrava que a ilha protegia-nos do vento. Delícia de remada, hora presa, hora deslizante.
Antônio ficou lá em cima da ponte admirando tudo, cena bonita de ver. Assim como bonito de ver os demais remadores voltando naquele mar encrespado para Urca.
Dia lindo, de dar vontade de largar família, trabalho e tudo o mais. Por um momento foi o que fiz. Desembarquei com o pessoal e deixei Janaína pronta me esperando enquanto guardava Abaeté.



Foi sentar em Janaína e mirar para o quadrado da Urca para registrar mais um pouco. Lá dentro, junto aos barcos ancorados, me bateu uma saudade danada de Chicó, Sussuca e Dragão. Talvez pela coincidência dos nomes dos barcos enfileirados que iam surgindo para nós. Aproveitei para registrar os recados... é... nome de barco às vezes é recado.
Saindo do quadrado me deparo com duas pinturas lindas que nunca havia reparado ali abaixo da mureta de frente para o mar. Só vê quem vem navegar. O gastar da pintura pelo tempo mostrava que minha falta de conhecimento era  de distração mesmo pois as pinturas já devem estar lá há um tempão. E há um tempão navego nessas águas.
Vento ventando forte me levou rapidamente para o Quadrado e me travou discretamente no retorno. Não faz mal, gostoso remar de qualquer jeito... seja contra, seja a favor. Cada jeito tem um jeito, cada jeito tem um resultado, um aprendizado.
Pronto. Manhã salva e já posso voltar para o mundo e as canoas para os cavaletes!