quarta-feira, 30 de março de 2011

As beiradas de Angra!





Sol, vento, remadas de todo o jeito... dia e noite inteirinhas no mar. E o melhor, com filhos amigos e canoas. O final de semana começou no Rio de Janeiro com muita névoa no sábado. Colocamos Abaeté no rack e rumamos para Angra. Juréia já estava no rack da Lu e do Rodrigo e chegou lá logo depois.
Do iate clube até a ilha Caieiras são dez minutinhos de remadas suaves, mas resolvemos dar a volta na ilha e aumentar o passeio para mais trinta minutinhos.
Foi um final de semana com remadas de todo jeito e com toda gente. Cada um experimentou stand ups, canoas, caiaques, laser e outras tantas improvisações.
Remadas à noite, à tarde e de manhã bem cedo antes de todos acordar.



No domingo cedinho fui desbravar os braços de rio que Rodrigo tinha contado durante a noite. Canoa é assim... vou só um pouquinho, mais um pouquinho... e vamos indo até chegar onde antes tínhamos um pouco de receio de estender.
De frente para a ilha, por todo o litoral de Angra são braços e mais braços de rio que formam um verdadeiro manguezal. Assoreado, mas extenso e barulhento. Barulhento de bicho, de dar vontade de se deixar ficar por horas ouvindo o burburinho. Amanheci entre margens de lama, bichos e silêncio, do jeito que jacaré gosta!













Quando não estávamos nas embarcações, estávamos sobre o mar deitados no deck. Ou seja, água por todos os lados durante todo o final de semana.
As condições? Assim como as embarcações tinha de tudo... mar liso, mar mexido, tarde com vento, manhã com vento, dia sem vento, noite lisa, águas frias, águas quentes, claras transparentes, escuras... Final de semana para navegador nenhum botar defeito!


sexta-feira, 25 de março de 2011

25 de março de 2011. Cotunduba em festa!










A gripe quase me prega na cama, mas Alessandra em disputa acirrada com meu corpo mole me fez levantar e dar uma carona para ela. Santa Alessandra! Cabe aqui uma pausa no relato do dia para contar que Alê foi quem me apresentou à canoagem, queridíssima que entra ano e sai ano transforma os meus dias de remada no mar.
Hoje o rumo era a Cotunduba, aniversário da Ester e do Bruno. Os cavaletes vazios na Praia Vermelha anunciavam o nosso atraso e anunciavam também que a festa estava cheia de remadores. Não deu outra, de longe dava para ver a ilha cheia de gente.
No caminho encontramos o Léo voltando da remada rumo ao trabalho. Saimos junto com Andréia e Léozinho, grande ajuda para o embarque da Alê e boa companhia para chegar na festa.
O mar está gelado e sujo e lá no canal mostra que ainda não dormiu depois dos dias de agitação. Mas passamos tranquilos entre remadas e conversas. O lado de cá é protegido.






Lá na enseada da Ilha já estavam diversas embarcações fundeadas e amarradas entre si. Levei Juréia para cima da ilha com a ajuda do Comandante, do Douglas e do Pedrinho. Carlota danada não desembarcou, estava atrasada para o trabalho. Fez falta.
Lá na ilha um super café da manhã com direito a açaí, bolo, frutas, café, parabéns, fotografias, abraços. Os aniversariantes merecem! Os convidados também!
O mar atrás da Cotunduba bate forte e avisa que o desembarque e o embarque tem mesmo que ser pelo lado virado para as beiradas. Vira e mexe subiam espumas de vagas enormes que morriam e renasciam por ali.
De repente uma grande plataforma atravessa o canal rebocada por batedores. Não se pode distrair por ali nessa passagem de plataformas, navios e barcos.








A hora engolia  a manhã e avisava que era hora de partir, voltei com  Alessandra feliz da vida de estarmos ali novamente juntas atravessando o canal em uma maré que nos deixava remar tranquilas e conversar. É bem verdade que em determinado pedaço a ondulação sacode lateralmente as canoas, mas é um trecho muito rápido que termina logo ali na altura da Ilha do Anel.
Alessandra é como eu, dá bom dia para todo mundo embarcado... e desembarcado. Um bom dia de retorno de um pescador fechou o nosso dia. O polvo erguido do fundo do barco mostrava o bom dia dele.
Bela manhã, parabéns para Teté e Bruno, a Cotunduba está em festa! Nós também!






Foto da Bruna

quarta-feira, 23 de março de 2011

23 de março de 2011. Novamente pelas ladeiras...



Confesso que esse tempo ruim me deixou em dúvida se Milu e Rodrigo iriam mesmo aparecer nas ladeiras das beiradas conforme combinado. Resolvi seguir com a Magrela do mesmo jeito, assim podia contar aqui que também cedo, durante a semana, a subida do Horto é bem frequentada por ciclistas e corredores.
O que não ajuda muito é o trânsito intenso pelas ruas do Rio, do Flamengo ao Jardim Botânico, que desde às seis da manhã já atropela a nossa calma. Mas vale a pena acelerar as pernas e cruzar as ruas fugindo dos carros e aproveitando os sinais.
As beiradas do Rio valem o passeio já cedinho, principalmente se a companhia aparece mesmo que fora da hora marcada.




Na espera da dupla, o encontro com Mariana e Felipe já descendo as ladeiras. Explicado porque o nosso motor da canoa havaiana some das beiradas e depois volta com a mesma energia. A bicicleta a mantém.
Aliás, a bicicleta mantém o fôlego de qualquer um que se dispõe a subir a rua Dona Castorina e chegar até a Mesa do Imperador. São cinco quilômetros de subida para ninguém botar defeito. Não tem mergulho mas o corpo fica encharcado. Suor não é tão cheiroso como a chuva que nem choveu, mas as águas da Guanabara onde mergulhamos também nem sempre são... Não faz mal, as beiradas estão com cheiro de flor, com cheiro de mata. Vale respirar fundo e pisar fundo no pedal.




A descida começou ali da Vista Chinesa pois o relógio resolveu acelerar depois do pequeno atraso da Milu e do Rodrigo. Aos poucos vamos recuperando o fôlego e daqui a pouco o tempo vai nos deixar subir pelo Horto e descer por Laranjeiras sem atrasar a entrada do trabalho.
Vai a dica, o Rio ainda é uma cidade segura, quem ama suas beiradas cuida, quem ama levanta cedo da cama e faz companhia!

terça-feira, 22 de março de 2011

22 de março de 2011. O mar surpreende...

Apesar do dia lindo amanhecendo e de tanta gente pelas beiradas, nada de palavras. Tem dias que é assim, mais de olhar do que falar. Aliás não deu mesmo para falar muito na virada da Praia Vermelha para o Leme, fazia tempo não via aquela esquina tão agitada. Todas as ondas queriam fazer parte da canoa, por dentro e por fora... de resto, o dia e suas cores.