domingo, 19 de dezembro de 2010

19 de dezembro de 2010. Café da manhã na laje!













A gripe me arriou de vez, mas foi por um motivo justo. Hoje era o dia da confraternização marcada pelo Clube Carioca de Canoagem lá no Forte do Laje. Estavam lá 24 amigos remadores dentre eles minha querida Gegê. Dia de estreitar os laços virtuais e conhecer melhor e ao vivo os amigos que trocam mensagens pelo grupo.
Sete horas as areias da Praia da Urca mostravam a força que tem a crença do povo. Cartazes de Iemanjá, barcos lotados de frutas e comidas, cangas lotadas de oferendas para crianças, uma verdadeira orgia de oferendas! Respeito a fé alheia, mas pobre de quem não respeita o espaço público, as areias estavam bastante sujas. Não fosse o respeito e a desconfiança da limpeza das comidas e o nosso café já estava ali, encomendado! Uvas, mamão, maçãs, laranjas, uma verdadeira xepa!
Fomos na Maia, eu no leme, Carlinha na voga, Bianca estreiando no mar no banco 2, Gegê concentradíssima no banco 3 e Flavinha se recuperando de uma cirurgia sentada no iaco da canoa. Ufa, posição estartégica para proteger a ama e deixar o leme à vontade para remar em qualquer lado.













O dia era de sol sem vento e o mar nervoso que se apresentou no sábado resolveu nos dar licença e nos propiciar um passeio digno de final de ano, leve, passeio mesmo, divertido.
Fomos cantando e contando a troca em diversas línguas. Não sei se nossa poliglota Flávia inventava ou sabia mesmo contar até dez até mesmo em mandarim! Nessa hora Gegê morreu de rir. Aliás o que mais fiz hoje foi rir, rir de gargalhar.
Chegando na boca da barra o mar já era outro e confesso que lemear essa danada sem quilha e com nossas experientes remadoras não foi lá tão fácil assim. Mas todas estavam determinadas a chegar no Forte do Laje onde um café da manhã nos aguardava e com aquela energia que estava ali dentro chegaríamos até a África.
Chegamos no Forte e com a ajuda luxuosa de Pedrinho, Bruno, Marquinhos, Tuffi, Marcão e tantos anjos sem asas, conseguimos içar Bianca e Gegê para cima da Fortaleza.
Nossa! Lá estava um outro tanto de gente querida.
















Foi uma manhã inteira sem querer voltar e sem libertar as canoas e caiaques das amarras que as mantinham presas à escada de corda. Ficaram ali estacionadas esperando seus donos quase engulidas pelo mar de espuma nojenta que rondou o forte durante a confraternização.
- Tarcísioooooooo!!! Alexandreeeeeeee!!!! O monstro espumoso já subiu no convés e começa a invadir o banco dos teus caiaques! Argh! Verdadeiras cenas de horror!
Pedrinho ainda me pergunta se minha vacina contra hepatite estava válida, ai Jesus, as águas de hoje nem sabonete cirúrgico e nem vacina. Ainda mais com essa gripe e os anticorpos em baixa! Melhor apelar para os santos! Todos eles!
Tudo era motivo de riso. Estávamos felizes!



Depois do café da manhã em que cada um contribuiu com um tanto foi a  hora de fazer uma expedição por dentro do Forte para conhecer um pouco mais da história do lugar. Uma história que aos poucos vai sendo reduzida a cacos e vergalhões expostos como se a cidade buscasse mesmo apagar os grandes acontecimentos que rondaram a Fortaleza. É uma pena!
Segundo Tarcísio, o Forte do Posto 6 tem construção idêntica por ambas datarem da mesma época, só que ainda coservado. Bom, depois dessa notícia disse adeus ao mofo, aos fungos e voltei para o ar livre. Visitaria o forte do Posto 6 em outro dia.
Mas ainda assim revistamos todo o Forte entre celas, salas de canhões, cantinas e sabe lá o que eram aqueles compartimentos lotados de conchas, azulejos e terra. Tudo devidamente conferido por uma turma em fila indiana com precárias lanternas que entre gritos e piadas sequer podia imaginar tudo o que a histíoria guarda dali. O tempo é mesmo implacável!

















Partida depois para a Praia da Urca e ainda encontramos o Edu, que bom, ele veio. Nunca é tarde para encontrar os amigos.
Tarde foi para sair nas areias. Às 13 horas as areias estavam escaldantes e fervilhavam de gente. Tivemos que usar de bastante diplomacia para sair da água sem atropelar os banhistas, as cangas e cadeiras. E depois mais um outro tanto de diplomacia para liberar o espaço dos caiaques e canoas que estavam invadidos por frango, farofa, cachaça, garrafas pets, periquitos, crianças e papagaios. Nunca havia visto a praia daquele jeito e muito menos percebido o risco que as embarcações correm frente aos desavisados que nem sabem quão frágeis elas são. Ainda que atravessem oceanos!
Terminei o dia de cama, castiguei meu corpo já catigado pela gripe. Mas creiam, as fotografias da Carlinha que roubei mais tarde  não me deixaram mentir... foi por uma causa nobre!





Um comentário:

  1. Leticia,
    Muito maneiro esse Blog e as fotos estão muito profi!
    Adorei participar dessa confraternização no Forte da Laje e espero participar de muitas outras!!!
    Ontem dei uma remada final de tarde da PU até o anel da PV e vi uma arraia gigante pular bem na minha frente! Já tinha visto arraias saltando, mas nuca tão perto! Foi logo após passar o Costão do Pão de Açúcar voltando para PU que eu e meu amigo Daniel contemplamos aquele bicho enorme saltando, muito show!
    Esses são momentos muito marcantes assim como são os encontros e confraternizações com essa galera do mar!
    Melhore logo essa gripe, pois dia 26 provavelmente vamos nos encontrar...
    Bjs
    Gui

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