Acordei de um sonho estranho. Sonhei que remava em Janaína e ela estava com tanta água que eu flutuava na superfície e nem conseguia sentar no banco que afundava. Era dia de levá-la para Jorge lá no Guanabara, mas eu não tinha sequer avisado.
Apesar do sonho e do dia cinza fui em direção à Praia Vermelha. O Cristo coberto pelas nuvens não mostrava seus braços a me abraçar. A cidade ainda escura tão pouco.
Chegando na Praia Vermelha não havia alma viva, era muito cedo. Hoje já começava minha rotina de horário.
O mar estava mexido, coalhado de espumas e uma faixa de nuvens cobria o horizonte. Vento nenhum. Para os lados de Copacabana uma nuvem negra anunciava o mau tempo.
Resolvi então seguir minha intuição e apenas arrumar Janaína e Juréia de frente para o mar e limpá-las. Já que era um dia de presságios, melhor mesmo era colocar as canoas como a sua cultura ensina: de frente para o mar!
Logo chegaram alguns remadores para levar as canoas que estão estacionadas na areia para a Praia da Urca, pelo número de remadores não mais do que duas canoas sairiam dali. Isso se Jorge e Chinês não saissem de oc1 conforme disseram.
- Vai remar?
- Não o mar está feio.
- Feio? Não fala assim do mar...
Chinês tinha toda razão, o mar nunca está feio, apenas maltratado. Mas ainda assim é belo, infinitamente belo.
Abaeté e Maia também descansavam tranquilas na Praia da Urca que se apresentava flat e muito mais convidativa. Ainda mais com Bruno e Marquinhos se preparando para levar José para um passeio. Quase levo Abaeté, mas o horário já apertava.
De qualquer forma não saí com nenhuma das meninas, mas cumpri meu ritual diário de visitar as beiradas e cuidar um pouquinho do entorno. Espírito reorganizado, os maus presságios dão lugar aos bons. Que venha o resto do dia!
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