Dia cinza com um chuvisco muito leve que nem dava para molhar. Nada do sol nem mesmo fazendo buracos no cobertor de nuvens. Mas ainda assim a praia estava cheia de remadores. Foram 3 canoas do PVV, duas canoas do Rio Va_a, uma canoa do carioca Va_a, o Comandante saindo com Jurupi, Léo Silva e Dave saindo de individual, Marquinhos e Bruno no caminho com seus duplos e mais uma remadora... enfim, muita gente no mar. O mar merece a visita, mas as visitas e mesmo o próprio mar não merecem o descaso do povo das beiradas. Mar sujo, bastante sujo, de dar dó.
Hoje era dia de função. Preparativos para a competição Sul Americana da Rio Va_a que acontece no sábado e domingo. Amarra mais uma ama nos iacos, montagem das canoas e uma das canoas ficaria lá pelas beiradas da Urca para dar lugar à Mirage, a canoa que iria disputar a prova com as equipes feminina e masculina. Canoa rápida, leve, que já nos trouxe muitas alegrias nas competições. Merece um lugar no berço!
O mar começa a se rebelar um pouco e a calmaria que vi ontem pelos costões já não se repete. Continua fácil de navegar mas está bem mais mexido. Como se reclamasse dos maltratos.
Ainda bem que não havia qualquer vento para atrapalhar e a ondulação não atrapalhou muito, mas de qualquer forma nas viradas tem que remar com empenho para ditar o caminho da canoa. Ao mar muito respeito mas também nada de ficar à deriva, respeito não é submissão.
A maré se mostraria mais favorável na volta, mas na ida não chegou a incomodar.
Na prainha do Forte São João mais uma alteração, Carlinha sai do iaco e senta a bunda no banco do motor. Rafael estava machucado e não conseguia acompanhar as remadas. Sincronia na canoa é tudo. Mudança feita, voltamos a andar bem, juntos da outra canoa apesar de um peso a mais.
Na chegada da Praia da Urca arrastei uma linha de um pescador teimoso que não sei que peixe pescaria ali naquela sujeira. Paciência, pensei que ele fosse recolher a linha a tempo mas não recolheu. O erro foi meu e a vara de pescar também quase foi minha, mas a linha ficou lá intacta, apenas uma pequena freiada e só perdemos a posição para o Rogério. Nada de grave.
Desembarque na praia e colocação da canoa no cavalete. Maia descansa no cavalete tranquila, esperando uma boa alma a lavar e levar para passear. Mirage foi nos acompanhando com os meninos e voltou veloz para a Praia Vermelha.
Uma turma voltou a pé para a Praia Vermelha e voltei lemeando Luize, Ulisses, Diogo, Carlinha e Andréia. Canoa esperta, andando bem, passando rente e mandando na corrente no contorno das viradas, tanto do Cara de Cão quanto no Costão do Pão de Açúcar.
- Costão do Pão de Açúcar? Aiiiiiiiiiiiiiiiii, vai bater! Vai bater!
Fomos virar a ponta e veio de lá Silvinha com as meninas da Rio Va_a e a Carol do Mauna Loa, de quebra e a todo vapor.
- Ô Silvinha, comprou a carteira?
Na dúvida o trânsito no mar é igual ao das estradas, eu vou pela direita, você vem pela esquerda. Mas não, Silvinha é inglesa e veio na mão inglesa. Ainda bem que também é esperta e desviamos a tempo. Foi apenas um susto, afinal quem nunca brincou de trem fantasma? Depois me ligou no café da manhã para rir mais um pouco.
- Ô Silvinha, comprou a carteira?
Na dúvida o trânsito no mar é igual ao das estradas, eu vou pela direita, você vem pela esquerda. Mas não, Silvinha é inglesa e veio na mão inglesa. Ainda bem que também é esperta e desviamos a tempo. Foi apenas um susto, afinal quem nunca brincou de trem fantasma? Depois me ligou no café da manhã para rir mais um pouco.
- Tudo bem Silvinha, se avião bate no ar... pode acontecer de canoa bater no mar. Só não podemos bater na Rio Va-a!
Depois foi chegar na Praia Vermelha e desembarcar com cuidado pois o mar não está mais tão tranquilo como ontem. Coloca as canoas nos cavaletes e rápido para casa para simulação número dois, a da remada em equipe. O relógio hoje ainda confirmou que dá tempo de ir para as beiradas antes do trabalho. Ufa, ainda bem! Meu dia não seria tão bom não fosse essa visita às beiradas!
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