segunda-feira, 22 de novembro de 2010

22 de novembro de 2010 Sinais no meio da cerração.



O fim de semana foi intenso com o campeonato estadual acontecendo lá em Niterói, notícias que virão em outras postagens. O final de semana pedia cama hoje, descanso. Mas Abaeté pedia cavalete. Sendo assim, o programa foi buscar Abaeté lá no Clube Guanabara onde estava sob os cuidados do Jorge. Já da Praia de Botafogo dava para ver a cerração que não nos deixava ver nada. Nada de Cristo, nada de ponte Rio Niterói, nada nem mesmo do forte do Lage. Tudo coberto de névoa, dia cinzento longe de parecer os dias ensolarados que castigaram o campeonato lá em Niteroí sábado e domingo.
Se o destino fosse a Praia Vermelha ficaria ressabiada em levar Abaeté sozinha, mas era logo ali, nas beiradas da Urca.



Carlota veio com Nina no apoio e depois de me deixar no Guanabara foi me esperar lá nas areias da Praia da Urca. Antes de ir para o Guanabara fomos conferir os caveletes e organizar o lugar de Abaeté. Lá estava também o pessoal do Urca Va_a, mais os meninos do Kaiak com Lariana, Martina e cia. Rodrigão estava lá com a vassoura empunhada a todo vapor.
- Vai varrer ou vai voar? Ops, vai varrer ou vai remar? Nem ele mesmo sabia. Mas quando voltei do Guanabara com Abaeté ele já estava encaixadinho dentro de um dos duplos do Bruno entre tantos outros. Eram quatro duplos saindo para um passeio. Tentador, mas o tempo não me deixaria seguir junto.
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Foto Carlinha

No Guanabara seu Jorge me ajudou a colocar Abaeté nas águas negras e pesadas da baía de Guanabara e de lá fui vagarosamente passando entre os barcos em direção à praia da Urca. Que delícia remar assim. Completamente diferente das remadas enlouquecidas que pontuaram meu sábado e meu domingo lá nas beiradas de Niterói. Um verdadeiro prazer no meio de um dia cinza onde não se via mais do que algumas dezenas de metros a frente. O sol ainda tentava incendiar os prédios da orla... e até conseguia.





Fui tomando rumo e passando entre as embarcações que tais quais as músicas de rádio me vinham como sinais através de seus nomes.
Tô Chegando, Bem Vinda, Reencontro, Fugaz... Nossa, Abaeté estava mesmo sendo esperada por aquelas beiradas! De fugaz, somente a vida nos mandando vivê-la bem e talvez a vaga no cavelete. Haveriam outros sinais pelo caminho...






Um pouco mais a frente um barco coberto de passarinhos. Ai que lindo, vou bem pertinho fotografar. Fui chegando e reconhecendo aquelas avezinhas lindas, pequenas e... de bico vermelho! Ui, ainda bem que navego no blog do Rodrigo e no grupo do carioca de e-mails. Eram elas! As andorinhas do ártico. Essas avezinhas lindas já atacaram diversos remadores por ali, não era nada lindo chegar muito perto. Desviada estratégica e passei ao largo apenas para fotografar. Mas elas estavam em outros barcos também, atenção redobrada nessa calmaria aparente. São essas danadas no mar e os Quero Quero ali no Aterro do Flamengo, não podemos descuidar ou nos proporcionarão uma sessão de acupuntura compulsória!






Mais um pouco e já via Carlinha com Nina nos esperando lá na mureta. Nos esperava também São Pedro em meio a névoa. Não sei porque diacho nos manda olhar pro céu todo o tempo, acho que por isso que a baía está assim sujinha... ô São Pedro, manda olhar para as águas!

                                                                                                              


Águas bem sujas, areias nem tanto. Dia sem vento, dia sem sol. Mar sem corrente e liso por ali, apesar da lua cheia. Mas as águas sujas não me impediram de passar uma esponja em Abaeté com a própria água da beirada. Ela estava bem sujinha devido ao tempo que ficou em observação lá no estaleiro do Jorge. Merecia uma limpeza.




Fotos Carlinha

É bom sentir o comportamento exemplar de Abaeté respondendo obediente ao comando do leme passando e ficando ali entre os barcos comigo quietinha, apenas observando. Ai que solidão boa! De longe, Nina só observava!


Fotos Carlinha

Pronto, agora todas estavam em seus devidos lugares, ainda que provisórios. Até porque nessa vida tudo é mesmo provisório...


Um comentário:

  1. O nevoeiro tava mesmo medonho, não se via nada. Em compensação o mar tava lisinho, menos nas viradas do cara de Cão, Pão de Açúcar e Leme, onde as ondas pintavam o mar de branco. O fato marcante foi a presença de óleo na superfície. Da PU até a boca da PV o cheiro estava fortíssimo. Uma pena, quando não é lixo é óleo...

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