quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

02 de fevereiro de 2011. Dia de Iemanjá!










"Dia 02 de fevereiro, dia de festa no mar. Eu quero ser o primeiro a saldar Iemanjá."
E fomos mesmas as primeiras a saldar Iemanjá saindo ali das areias da Praia da Urca. Manhãzinha ainda escura e eu já estava matando as saudades de Abaeté e da parceria com Carlota 15 hp. Carlinha ganhou esse apelido lá em Santo Amaro, pilha total. Tão pilha que nem quis fotografar o dia lindo nascendo e me passou a máquina.
Poxa, não quero fotografar, quero remar!
É não desliga nunca, feito maré.
E estava lindo para deslizar. Lindo e estranho. Um mar liso, grosso e muito muito sujo. Mas incrivelmente denso de liso. Chegando ali na boca da barra o mar fazia uma linha nítida de liso com um encaracolado assustador.



Esse mar está esquisito.
Iemanjá não se decidia, hora alisava o mar, hora encrespava. E nesse alisar e encrespar fomos contornando o Forte do Lage entre casos e risadas. E fotografias.





















Tudo lindo, só não foi linda a chegada ali nas grutas com tanto lixo boiando. Um cheiro horrível nos levava o olhar para o rastro de uma imensa tartaruga morta. Nem mesmo as outras tantas tartarugas que vimos na manhã nos acalmou o coração.
Cidade de contrastes, de sentimentos diversos em tão pouco tempo. Só mesmo o amor pelo mar para continuar acreditando que tudo é bem maior do que isso.







No mar o encontro com Chinês que ainda não desligou a pilha desde Santo Amaro e  também o encontro lá na areia com Bruno, Marquinhos, Tonho e Martina levando ao mar as Caiarcas e Ulmo com seu pai rotomoldado.





Dia de Iemanjá, de mar estranho que arrasta a canoa ao contrário das ondas, sugando para dentro do mar e distanciando de dentro da baía. Dia de Iemanjá, dia de cruzeiros atravessando o canal, cortados por embarcações e lixo. Dia de Iemanjá, dia de sol sem vento queimando os edifícios da beira mar.
De volta as beiradas, e o melhor... sobre Abaeté!

Um comentário:

  1. "Yê-mele, ari, ará, yê-mele, ará
    Yê-mele, ari, ará, canto de Iemanjá
    Zauê, zauá, melê, melá, indê, olá, onda do mar
    A rainha, mãe do mar, faz o seu amor
    Sua benção vem me dar e eu dou uma flor
    E eu dou uma flor, e eu dou uma flor
    Algum dia vai chegar e eu vou ouvir
    Esse canto de Iemanjá, vai do mar sair
    Zauê...
    Yê-mele"

    http://www.youtube.com/watch?v=a38IiX3ZYSs

    ResponderExcluir