sábado, 8 de janeiro de 2011

08 de janeiro de 2011. Golfinhos e sol!





Dia lindo nascendo no horizonte mas logo cedo a praia já estava bastante cheia. Um pedido de licença aqui, outro ali e em pouco tempo já tínhamos tres canoas de seis remadores montadas na areia. O Carioca também saiu dali da Praia Vermelha. Ainda na água diversas canoas individuais com os meninos fazendo tomada de tempo até Ipanema.


O mar estava ótimo para navegar e não apresentava muito lixo.
Um presente para minhas primas queridas que vieram passear pelas beiradas do Rio, Ana e Maria. Ana já remou antes no clube e já fez a volta na Ilha Grande de canoa dupla, tem experiência. Maria já remou canoa caiçara e vem de uma temporada na Bahia onde a canoa e o remo são muito pesados, tiraria de letra, ou quase...
Logo montamos a canoa feminina com uma convidada mais do que ilustre, Silvinha. Motor forte com Silvinha e Mari no centro da canoa. Carlinha completando o motor ali no cinco bem pertinho do leme, auxílio luxuoso! Lá na frente Carol e Andréia ditando o ritmo e colocando a canoa para voar.

Ah, nossa voga é impagável. Se Andréia não existisse, teriam que inventar! Faz a diferença! Já estávamos comentando que ela tinha furado o treino quando de repente surge do meio das águas gritando que estava lá. Diacho, nossa voga virou sereia? Não é que a mulher hoje chegou na praia pela porta da frente? Pelo mar! Veio de bote com o Léo já que haviam dormido no veleiro. Chiquérrima!




Passamos rente aos costões e miramos lá no posto 6 em ritmo acelerado e confortável. Canoa singrando a ondulação e equilibradíssima com uma ama que não mostrava qualquer arrasto da corrente e seguia com  a cabeça levantada, como se deve seguir.
Treino bom, ritmado, ops... a canoa teve que parar!
Golfinhos! Muitos golfinhos! Como treinar num festival desses? Um passou pertinho da canoa, preciso contar para Luíza que trabalha com eles e os cataloga. Cinzas, grandes! Lindos! Um arriscou ficar de pé lá longe em um balet indescritível. Treinar? Impossível, paramos a canoa e ficamos maravilhadas, apaixonadas, deslumbradas. Isso é o bom dessa equipe, o principal compromisso com o mar é definitivamente o prazer. Estávamos sincronizadas não só na remada mas principalmente no espírito.
Depois de não vermos mas nenhum golfinho por ali foi hora de continuar a remada. Quatro remadas fortes para voltarmos à velocidade e pronto, já estávamos no ritmo novamente. E agora com um diferencial, com um espírito de agradecimento pelo presente que nos proporcionou a beirada.





Paramos no Arpoador depois de passar ao largo de uma lage que prometia devorar as embarcações que passassem perto. A ondulação pedia que nos afastássemos da ponta do Arpoador, haviam vagas enormes que quebravam depois da virada para o êxtase dos surfistas.
Passamos tranquilas, sincronizadas e descemos um pouco para perto da praia para um mergulho. Águas verdes, frias e deliciosas, sem dar vontade de voltar. Só pensava em como seria bom que as meninas tivessem se encaixado em uma canoa que também chegasse até lá. Não vi as canoas assim que fizemos a curva do leme, os únicos remadores à vista em toda Copacabana eram os meninos de individual bem longe e o Raffa que foi nos acompanhando também de individual.
Hora de voltar e ali perto da praia do Diabo a grata surpresa de ver as meninas numa canoa lemeada pelo Théo e com Ulisses na voga, melhor companhia impossível. Um breve aceno e voltamos a concentar no treino.
A maré mandou mirar na Cotunduba e a volta foi deliciosa a favor de uma maré que nos permitiu até remar conversando, foi um verdadeiro tricô. Mas sem perder o ritmo. O ritmo só foi interrompido quando avistamos os golfinhos voltando. Nova parada! Ô dó, nós fomos, eles voltaram e vice versa. Bem que podiam ir na mesma direção.
O backwash do Costão da virada da Praia Vermelha mandava afastar a canoa um pouco do paredão e assim fazendo continuamos singrando confortáveis até desembarcar.


Agora vem o quase da Maria...
Esperamos mais um tempo e a canoa com minhas primas apontou lá na ponta anunciando a hora do desembarque. Tudo tranquilo com Théo no leme e Maria sentada no iaco em uma canoa com sete remadores. Depois fiquei sabendo que a orientaçào da Ana para ela foi...
- Ao descer da canoa, cuidado com o pau!
Pau? Na verdade era o iaco, o qual devemos proteger para a ama não levantar. Pois Maria seguiu à risca a orientaçào e fugiu do pau... só que pelo lado contrário da ama. E ainda, para fugir bem fugido, deu um impulso bastante forte. Resultado? Uma gritaria danada e um corre corre enlouquecido para jogar a ama de volta para a água já que ela levantara mais alto do que as gaivotas. Pensei que nem havia registrado mas a fotografia não me deixa mentir. Maria levantou a ama e ganhei uma bronca por isso, afinal era minha convidada... desorientada. Mas minha convidada veio em dupla e Ana sabia que o pau não podia levantar e empurrou de volta, descendo a ama. Valeu o susto, e depois é muito mais divertido. Altera a rotina!








De resto é o ajeitar e carregar das canoas e das amas com a a ajuda fundamental do Jorjão já que hoje as mulheres predominaram nas canoas. Uma mulherada danada, 15 para ser mais exata! Talvez essa energia feminina tenha atraído os golfinhos!

Um comentário:

  1. Ei galera! Também remamos com os golfinhos hoje (RioVaa)! Que bom saber que mais remadoras e remadores desfrutaram deste momento tão lindo! Eles passaram por baixo de nossa canoa. Um presentão pra começar o ano muuuuito bem!

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