terça-feira, 11 de janeiro de 2011

11 de janeiro de 2011. A chuva não espanta.




Choveu forte a noite inteira mas algo me dizia que isso não teria muita importância. Amanheceu ainda chuva, mas suave. Suave e quente. Muito calor.
Muita gente nas beiradas mostrando ao que foi. Hoje foi dia de sair uma canoa do Carioca e tres canoas do Praia Vermelha e algumas individuais, sendo uma com o Thiago que nos encontrou na volta.
Canoa feminina completa com Silvinha e Bia de convidadas. Nem diria convidadas pois são também donas desse quintal.














As águas estão quentes. Até parece que Netuno ligou a sauna no fundo do mar. Um bafo quente sobe sobre a canoa e a remada vira um verdadeiro banho turco.
Bia no leme tornou a canoa leve e traçamos uma rota por fora da enseada, remando forte até o posto 6. Do lado veio a canoa lemeada por Rogério, andando junta. Bonito de ver.
Na nossa canoa foi dia de afogar a saudade e rever Ester e principalmente Renatinha que estava em outras beiradas. É, só podia mesmo estar em outras beiradas pois mesmo afastada foi e voltou no motor sem negar fogo e sem perder a sincronia. É tal qual andar de bicicleta, quem aprende direito nunca esquece. Ou será que a  danada andou remando lá pelos lados de Cabo Frio, onde aterrisa de vez em vez?
As águas no Posto 6 estão verdes limpas, lindas. Eduardo de stand up não me deixa mentir. A chuva veio pentear o mar e o deslizar da canoa foi delicioso. Parecia que a chuva havia feito chapinha na linha d`água, que só veio descabelar com a entrada de vento na volta. Maré vazando nos fazendo ir por fora e voltar em linha reta por dentro da enseada.
De início o trajeto seria até o Arpoador, sem enrolar na parada e parar só para troca de posições sem deixar a canoa estacionar. Afinal é quase um treino para Santo Amaro, que acontece no final de janeiro.
Mas quer saber? Renatinha de volta, Posto 6 verde e lindo ali do lado direito e o tempo voando... batido o martelo e a canoa se mostrou super sincronizada com todas abortando a passagem por fora da lage e virando à direita para um mergulho no Posto 6. Estava imperdível! Era um jeito de matar saudade mais de perto, dentro da água.


Mas tínhamos mesmo que voltar. Só na volta lá no Leme que o danado do vento entrou com cheiro de nordeste e marolou a linha d`'água. Canoa esperta, remando com coragem sem precisar nem mesmo proteger a ama, ainda que a mesma levantasse uma vez ou outra. Do lado Rogério remando junto e forçando o treino. Muito bom.


Passagem rente ao paredão da virada do Leme e eis que surge ao longe um remador de caiaque com um remar inconfundível. Comandante! Voltou da circunavegação da Ilha Grande. Quanta história vai entrar no http://www.trilhasdomar.blogspot.com/. Como fazia falta esse menino! Mas passou ao largo e não deu nem para levantar o remo num aceno. Treino é treino, canoa navegando é canoa navegando, e o abraçar fora do mar já estava garantido. Desembarcamos quase juntos naquele mar generoso e liso.



Lá na calçada da Praia Vermelha não havia apenas uma poça para lavar os pés, a calçada era uma poça só. Um carangueijo descansava paralisado na água. Ops, carangueijo de cocô! Foi o que Hugo avisou. É... nem tudo é tão limpo, mas até a sujeira está se curvando diante da beleza da beirada e tomando forma de bicho. Só não vale pegar... e muito menos pisar!


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