A prova começava na pracinha da Praia Vermelha no sábado às seis da manhã quando todos os remadores se encontraram para subir no ônibus e partir para Santos. Duas equipes, masculina e feminina, onde em cada uma nove remadores se revezariam a cada 20 minutos de prova. Ou seja, durante seis a oito horas os remadores remariam quarenta minutos e descansariam 20 minutos em um barco de apoio. As trocas são feitas na água com a canoa em deslocamento, afinal trata-se de uma competição e qualquer descuido é uma oportunidade para a outras canoas se aproximarem ou se distanciarem.
Se fosse narrar toda a prova precisaria de vários dias, sendo assim, cabe aqui no dia de hoje apenas o registro de como funciona e uma homenagem à equipe Kimi Lokini, única canoa feminina além da nossa, que aceitou o desafio de fazer essa prova entre 13 canoas masculinas.
Apenas uma hora de prova e o barco de apoio que acompanhava a equipe teve problemas obrigando-as a abandonar a prova. Já na largada a canoa santista levou vantagem sobre a canoa carioca e nos deu bastante trabalho para alcançar.
Tres minutos apenas distanciavam nossa canoa da delas quando o barco de apoio teve problemas. Fomos saber muito tempo a frente. Achava mesmo estranho elas terem saído de nosso campo visual. Foi um misto de frustração com uma acalmada na frequência cardíaca que era acionada pelo desejo de fugir delas e pelo esforço a empreender nessa fuga. Não são quaisquer adversárias, aliás, numa prova como essa não existe qualquer adversária. Todas têm a força extraída da paixão pelo esporte, afinal esse não é também um esporte qualquer. Definitivamente não é um desafio qualquer. Além dos nossos esforços há o mar, o vento, a corrente, a ansiedade, o apoio em embarcações muitas vezes deficitárias.
Tres minutos apenas distanciavam nossa canoa da delas quando o barco de apoio teve problemas. Fomos saber muito tempo a frente. Achava mesmo estranho elas terem saído de nosso campo visual. Foi um misto de frustração com uma acalmada na frequência cardíaca que era acionada pelo desejo de fugir delas e pelo esforço a empreender nessa fuga. Não são quaisquer adversárias, aliás, numa prova como essa não existe qualquer adversária. Todas têm a força extraída da paixão pelo esporte, afinal esse não é também um esporte qualquer. Definitivamente não é um desafio qualquer. Além dos nossos esforços há o mar, o vento, a corrente, a ansiedade, o apoio em embarcações muitas vezes deficitárias.
Fica aqui então meu respeito pela equipe Kimi Lokini e a certeza de que o nosso troféu não é mérito apenas de nove remadoras e do apoio do Praia Vermelha Va-a.
Nosso troféu é mérito de dezoito remadoras e mais outro tanto de gente que apoia e acredita na força feminina!
Salve Kimi Lokini! O ano apenas começa...