Maré cheia, águas sujas e carregadas de óleo. As águas hoje estavam densas, mais densas do que de costume e com muito lixo boiando. Não sei como ainda avistamos duas tartarugas bem grandes ali na boca do rio que um dia foi o rio Carioca. Nossa, não sei como sobrevivem a essa sujeira, dói o coração.
As canoas se dispersaram pela Baía.
- Para onde vamos Robertinha?
- Ah... vamos para águas calmas.
Robertinha remava pela segunda vez em canoa dupla, mas parecia uma veterana. Remou direitinho. Falei para nem fazer a chamada, eu ali atrás no leme mudaria a cada troca e apesar da inexperiência, Robertinha não fazia a canoa desestabilizar. Fomos equilibradas até a Praia do Flamengo e depois voltamos contornando a baía por entre os barcos do Iate.
De presente, levei Robertinha para conhecer o quadrado da Urca. Ô lugarzinho sujo, mas lindo com o Cristo de braços abertos sobre a ponte que forma um portal para o estacionamento de traineiras.
Nas águas muitas canoas de dois, de um, de seis, caiaques, barcos a remo... as beiradas estavam mesmo frequentadas.
Boa remadinha apesar do atraso. Quarenta minutos para espantar a gripe da Roberta e para fazer meu corpo reagir a uma noite em claro. Mais tarde desabo, mas de manhã é hora de ir para o mar!
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