Tem dia que é preciso pular da cama mais cedo por causa dos compromissos. Mas não sem antes ir aos treinos. Cinco e meia da manhã já estavam na areia da Praia da Urca as duas equipes do Praia Vermelha Vaa: a feminina e a dos estreantes. Diga-se de passagem que de estreantes não têm nada pois esses meninos estão remando muito.
Dia ainda escuro mas valendo antecipar a remada pelo trabalho que não perdoa. Na canoa feminina veio o Pedrinho no lugar da Carlota. O Furacão Louro vem treinando mais tarde nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas. Quem ama remar dá um jeitinho de contornar o cotidiano que nos atropela.
Mas quem nos atropelou hoje foi o vento forte que entrou ali na baía às seis da manhã. Cruzamos em direção à Praia do Flamengo e tive que fazer muita força ali atrás para não sermos jogados para dentro da Baía.
O dia nasceu lindo lá para os lados de Niterói. A foto panorâmica mostra dois sóis nascendo de tão lindo... Imperdoável morar em uma cidade como o Rio de Janeiro e não levantar cedo para ver. O pessoal do Urca Vaa estava lá, sempre estão, às vezes em tres, às vezes em doze.
Depois voltamos margeando a enseada pela Praia de Botafogo passando entre os barcos do Iate. Ali estava mais protegido e ainda encontramos com os meninos teinando técnica em local abrigado.
Soube que saiu outra turma lá da Praia Vermelha e veio conferir o vento aqui perto no Forte Lage. Mas só vi mesmo lá muito longe o Chicão e o Clóvis passando de oc2.
Águas fedorentas ali dentro da Baía, escuras de dar medo e de cobrir as pedras traiçoeiras que ficam na espreita perto da Pirâmide. Cheguei a cutucar pedra com remo. Ô perigo!
Um ou outro lixo boiando mas ainda assim é fácil perceber que a Baía está longe de ser despoluída, nem mesmo com maré forte que joga a água suja para fora e traz a água limpa para dentro.
Mas o Rio ainda tem jeito, pelo menos enquanto tiver gente que ama. Eu acredito. Eu amo.
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