quarta-feira, 10 de agosto de 2011

10 de agosto de 2011. Pedal sobre chão molhado...





Um ligeira olhadela na janela da cozinha e uma estrela me enganava lá no céu. Montei na bicicleta e fui rumo ao Horto trabalhar um pouco as pernas. Foi só sair da portaria e vejo o asfalto molhado e um céu cinza sobre meu capacete. Já era, já estava sentada no selim e sem nenhuma vontade de abortar a idéia.
Fui em ritmo acelerado pelas ruas vazias de Botafogo, Humaitá, Lagoa e Jardim Botânico. Um ou outro corredor passeava pela Lagoa e no horário que cheguei ali, o trânsito já colocava as asinhas de fora. Seis e quinze da manhã.
Na Pacheco leão o céu resolveu desabar, mas foi um breve desabafo que não me desestimulou a seguir meu trajeto. O que me desestimulou mesmo foram as pernas enferrujadas que aconselharam os braços a virar o guidom tão logo cheguei na reta da cachoeira. A chuva seria meu pretexto para mudar o rumo.





Desci e entrei na ciclovia da Lagoa em direção ao Leblon. A chuva cessou logo na descida mas estava decidida a olhar o mar. Ah, essas beiradas. São mesmo minhas prediletas!
O mar se mostrava verde esmeralda e tranquilo tanto no meio de Ipanema quanto no Posto 6 em Copacabana. Nenhum remador de canoa havaiana. Um ou outro remador de stand up me fez aconselhar meu filho a colocar a prancha na água. Mas a chuva o convenceu a não colocar. Pena. Lá no Arpoador alguns surfistas aproveitavam algumas ondas. Não tinha reparado o poste de luz pintado de verde com peixes nadando ali na Pedra do Arpoador. Lindo!








Rumei até o caminho do pescador no Leme e depois tomei o rumo de casa pela ciclovia que contorna o aterro do Flamengo. A mudança de rumo nas beiradas sempre encanta, o Rio é deslumbrante cinza, azul e verde.
Estrela danada que me enganou... ainda bem! Há equívocos que valem a pena!


Nenhum comentário:

Postar um comentário