Fui em ritmo acelerado pelas ruas vazias de Botafogo, Humaitá, Lagoa e Jardim Botânico. Um ou outro corredor passeava pela Lagoa e no horário que cheguei ali, o trânsito já colocava as asinhas de fora. Seis e quinze da manhã.
Na Pacheco leão o céu resolveu desabar, mas foi um breve desabafo que não me desestimulou a seguir meu trajeto. O que me desestimulou mesmo foram as pernas enferrujadas que aconselharam os braços a virar o guidom tão logo cheguei na reta da cachoeira. A chuva seria meu pretexto para mudar o rumo.
Desci e entrei na ciclovia da Lagoa em direção ao Leblon. A chuva cessou logo na descida mas estava decidida a olhar o mar. Ah, essas beiradas. São mesmo minhas prediletas!
O mar se mostrava verde esmeralda e tranquilo tanto no meio de Ipanema quanto no Posto 6 em Copacabana. Nenhum remador de canoa havaiana. Um ou outro remador de stand up me fez aconselhar meu filho a colocar a prancha na água. Mas a chuva o convenceu a não colocar. Pena. Lá no Arpoador alguns surfistas aproveitavam algumas ondas. Não tinha reparado o poste de luz pintado de verde com peixes nadando ali na Pedra do Arpoador. Lindo!
Rumei até o caminho do pescador no Leme e depois tomei o rumo de casa pela ciclovia que contorna o aterro do Flamengo. A mudança de rumo nas beiradas sempre encanta, o Rio é deslumbrante cinza, azul e verde.
Estrela danada que me enganou... ainda bem! Há equívocos que valem a pena!
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