terça-feira, 2 de agosto de 2011

02 de agosto de 2011. De cara para as ondas...



Hummm... esse cheiro no ar! Será que a Comlurb se descuidou e ainda deu dor de barriga nos descompromissados da cidade? Não. São elas, as esterculias fétidas em floração! Lindas e com um cheirinho que só é bom quando descobrimos que é de flor. Igual outra flor que tem cheiro de roupa úmida. Em se sabendo flor, até podem cheirar assim.




Fazia tempo não sentava no banco 1. Havia esquecido a delícia de estar de frente para as beiradas apenas com o castelo da canoa sob meus olhos. Fui ditando o ritmo até  a estátua de São Pedro lá na beirada da Praia da Urca, voltei ditando o ritmo também.

 

Remar ali na frente faz bem, é ali que descobrimos nossos vícios... os meus: não girar o tronco, não fincar o pé com vontade no fundo da canoa. Mas atentar para os defeitos nos faz relembrar dicas...
- O remo deve entrar como uma picada de abelha e continuar como um bater de asas de borboleta!
- Remar é fácil... difícil é ir lá na frente!
- Olha o balanço, pé contra o fundo da canoa!
E por aí vai...
No banco tres a chamada tranquila da Paola acalmava o ritmo do grupo. Chamada baixa, sem nunca mudar o tom e a cadência. Afinal, será mesmo que quem dá o ritmo é o um ou o tres na chamada? Ambos.



Tres canoas de seis remadores rumaram para o mesmo lado e a paradinha para beber água só mesmo lá na Urca. Mergulho? Nem pensar! Águas nojentas de negras e de detritos sobre elas. Pena. O resto da paisagem não merece isso.








O mar está um pouquinho nervoso ali pelas esquinas, principalmente no Cara de Cão. Fiquei com Cara de Mar, mas Rogério lá no leme me poupou dos banhos que o mar queria me dar. Foi um ou outro.
Horas deslizávamos nas ondas, hora travávamos no repuxo. Mas a canoa o tempo todo andou bem com Luize ali no banco 2 e Hugo firme no motor junto com Paola. Nada como um bom motor para me deixar observar meus próprios vícios e tentar corrigi-los. Canoa com motor forte alivia a voga.


Desembarque sem maiores contratempos apesar de não poder descuidar da cautela.
- Le, cuida aí, você agora está no leme.
Leme, sempre leme, até no banco 1 não me livro. Pois é, as canoas desembarcam de ré, sendo assim o banco um tem que cuidar junto com o banco 6 para  a canoa não ficar de lado e ser lambida por uma onda desavisada.
Bom dia, boa remada. Fazia mesmo tempo não encarava o mar assim de frente em uma canoa de seis.





 

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