Parei um instante na cabeceira da pista do Santos Dumont para fotografar e percebi as águas levantando a cada lufada de turbina dos aviões que decolavam. Lindo ver as partidas e chegadas.
Ali colada à pirâmide e ao muro de pedra um surf indescritível me levou até a Praia de Botafogo. Delícia de remada, o mar talvez esrtivesse se desculpando do sufoco que me deu no sábado. Retribui remando forte e aumentando o percurso no máximo que podia margear.
Ali perto da Pirâmide uma triste cena... dezenas de caixas de remédio de amostras grátis. Triste ver o desperdício e o local onde foi jogado o descaso. A Baía não merece, a população muito menos! Parei para registrar e prossegui no deslizar de Juréia.
Pensei... isso está muito fácil e leve, em algum momento vai piorar. Pois sim, foi contornar por trás dos barcos do iate e virar para a Praia da Urca que senti a força do vento e da maré que minutos antes me empurravam. Agora me freavam...
Mas não tem nada não, agradeço o presente de todo jeito. O mar hoje estava de bem comigo eu estava de bem com a vida.
Cheguei nas areias junto com a canoa superlotada do Urca Vaa e ainda pude ouvir meu nome sendo gritado ao longe pela querida Alê. Mil beijos jogados no ar e meia volta vou ver com a alma lavada. O corpo sujo das águas imundas da baía, mas a alma lavada!