terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de maio de 2011. Frio e espuma na viagem de submarino!

Muito frio de manhã. Frio de vontade de continuar de casaco. A função de carregar e montar canoas esquentou um pouco mas não muito. O sol só foi nascer atrás da Cotunduba quando nossa canoa já passava do Leme e ainda assim não havia céu limpo para deixar os raios nos aquecer. Não pude resistir e convidei toda a canoa a olhar para trás por um instante. O nascer de sol estava deslumbrante. Equipe é equipe, nascer de sol tem que estar junto!




Tres canoas sairam das areias da Praia Vermelha com muita atenção para entrar no mar pois ainda tem resquício de ressaca por ali. Carlota saiu com Joaquina para beliscar as ondas surfáveis do Posto 6.
Na passagem das esquinas da Praia Vermelha e do Leme uma turbulência aquática nos aconselhava a passar ao largo dos paredões. Águas quentes, mas ninguém queria se molhar. O ar gelado do outono caminhando para o inverno aumenta a nossa cautela com o navegar.
Águas grossas porém sem muito lixo boiando.




Canoa silenciosa seguindo atrás das outras duas até o Posto 6. De longe já dava para ver as ondas pintando de branco todo o entorno da lage. Lá na mureta do forte um mar encrespado pedia um surf com cuidado.
Chegamos em silêncio e descemos em direção da areia sem surfar nenhuma onda mas com a canoa leve de seguir na ondulação.
















Na subida da areia para retornar em direção a lage é que conhecemos a sensação de navegar de submarino. Fomos remando devagar, olhando os meninos descer as ondas...
- Aiiiiiiiiiiiiiiiiii
De repente uma série sobe na nossa frente.
- O quequéissooooouuu? Ali no Posto 6 as ondas não quebram tão longe da areia e do paredão do Clube Marimbás!
Quem falou isso cara pálida? Será que esquecemos da ressaca que encantou toda a cidade no domingo e divertiu os meninos ontem de oc1 ali pelo posto 6?
Pois bem, na nossa frente a espuma da onda quebrada já nos avisava que era tarde demais.
- Reeeeeeemeeeeeem! Remem forte, vamos furar!
Dali do leme vi as meninas com toda a raça que puderam economizar no trajeto, enfiando a pá com energia e presságio de se deparar com uma série de ondas por trás da espuma. Furamos. E só havia mais uma da série que não chegou a estourar. Ufa! Não caberia mais água dentro da canoa... A canoa ficou com água até a borda e ouvi o barulho do iacos sendo forçados pela força da massa de água. Virar eu sabia que não iríamos pois coloquei o bico da canoa de frente para o espumaréu, mas tive dúvidas se a canoa iria aguentar.
Nani comentou que ficou com medo e só vi os olhos da Andréia esbugalhados lá no banco um. Os cabelos nem se fala, perdeu boné, elástico e nem sei como não ficou careca de vez!
- Uhuuuuuuu. Passamos!
Paola minutos antes cogitava se iria dar um mergulho ou não... não precisou nem pensar pois o mar mergulhou sobre ela!
A remada silenciosa e quase monótona estava salva pelo susto. Agora era tirar toda aquela água que não sai com bêile e sim com balde para podermos retornar naquele mar esquisito, encrespado, ondulado. Lindo!




A passagem pela esquina do Leme não está de brincadeira, as ondas estavam nervosas sacudindo a canoa.
Saída na Praia Vermelha com cuidado para não sermos lambidas pelas ondas, bastou apenas uma onda para não nos deixar esquecer do respeito ao mar. A manhã estava ganha! Ainda que com os cabelos emaranhados de caldo de mar!

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