segunda-feira, 9 de maio de 2011

09 de maio de 2.011. Saudades das cores...




Cinco e meia da manhã já estacionava meu carro ao lado do carro da Flavinha. Relógios cronometrados, mulheres pontuais. Não tem atraso nesse encontro.Manhã ainda escura com até estrela acompanhando as luzes da cidade. Maré cheia de águas transparentes e a promessa de muita cor pelo dia afora.
Nossa, que saudades estava de remar com Elisa e Flávia, Juréia com certeza também! Sabe aquelas remadas que não perdem o ritmo e vão e vem no meio das palavras? Pois essas são as melhores remadas, às vezes as chamo de remada divã onde a verbalização do que sentimos nos faz nos ouvir, até mais do que o eco que faz o mar quando remamos sós.







Lá longe no morro atrás da prainha do Forte vimos uma luz muito forte que mais parecia um incêndio nas montanhas. Não consegui localizar bem o lugar, tomara não ler notícia ruim mais tarde no jornal. Triste mês de junho que vem chegando e trazendo a temporada dos balões. Tomara seja um engano esse incêndio... o outono colorido das beiradas não merece essa fama.



Maré deliciosa mostrando que o mar é mesmo imprevisível. Onde estão as ondas gigantescas que cobriram ontem as areias da Joatinga e interditaram o Caminho do Pescador ali no Leme? Nem sinal. Hoje o mar nos afagava com calma e nos deixava até mariscar os costões, tanto na esquina do Cara de Cão quanto na esquina do Pão deAçúcar. Entre o Caminho do Bem Te Vi e a lage o mar já remexia um pouco as meninas, mas nada que se comparasse a fúria que se apresentou ontem.
Meia volta vou ver pois o dia está chamando. Ainda de quebra veio o sol nascendo lá em Niterói e colorindo tudo de um jeito que fazia tempo não via.




Na volta vários encontros pelas beiradas depois de passar furtivamente debaixo da Ponte do Forte São João. É sempre uma expectativa passar ali embaixo sem chamar a atenção da guarda. Já tenho várias respostas na ponta da língua caso seja surpreendida e repreendida, mas o rumo não muda. Hoje tivemos que baixar as cabeças pois a maré estava bastante cheia. Salvamos os lemes e não descuidamos das antenas...











Entre conversas e risos fomos encontrando o Mássimo, o Bruno, Marquinhos, Tonho, o pessoal do Urca Vaa com o Paulo e assim fomos constatando que as beiradas de outono estão mesmo coloridas, de céu, de luz, de sol, de gente... de calor de gente.



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