Nossa, que saudades estava de remar com Elisa e Flávia, Juréia com certeza também! Sabe aquelas remadas que não perdem o ritmo e vão e vem no meio das palavras? Pois essas são as melhores remadas, às vezes as chamo de remada divã onde a verbalização do que sentimos nos faz nos ouvir, até mais do que o eco que faz o mar quando remamos sós.
Maré deliciosa mostrando que o mar é mesmo imprevisível. Onde estão as ondas gigantescas que cobriram ontem as areias da Joatinga e interditaram o Caminho do Pescador ali no Leme? Nem sinal. Hoje o mar nos afagava com calma e nos deixava até mariscar os costões, tanto na esquina do Cara de Cão quanto na esquina do Pão deAçúcar. Entre o Caminho do Bem Te Vi e a lage o mar já remexia um pouco as meninas, mas nada que se comparasse a fúria que se apresentou ontem.
Meia volta vou ver pois o dia está chamando. Ainda de quebra veio o sol nascendo lá em Niterói e colorindo tudo de um jeito que fazia tempo não via.
Na volta vários encontros pelas beiradas depois de passar furtivamente debaixo da Ponte do Forte São João. É sempre uma expectativa passar ali embaixo sem chamar a atenção da guarda. Já tenho várias respostas na ponta da língua caso seja surpreendida e repreendida, mas o rumo não muda. Hoje tivemos que baixar as cabeças pois a maré estava bastante cheia. Salvamos os lemes e não descuidamos das antenas...
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