quarta-feira, 4 de maio de 2011

03 de maio de 2011. Longe do blog, mas perto das beiradas!




Dia escuro ainda. Bem escuro. Mas as águas na Praia da Urca estão transparentes! De verdade! Nada de vento ali nas beiradas, muito menos estrelas. Céu cinza carregado, frio na saída mas esquentando bem depois das primeiras remadas. Ao longe as luzes da cidade costeando toda a beirada do bairro de Botafogo e do Flamengo continuam acesas.
Nas areias Gal, Gil e  a turma do urca Vaa saindo na sessão das cinco e meia.


Abaeté foi para água comigo e Carlota em direção à Praia Vermelha, onde voltaria para o seu berço. Maré generosa levando nós tres em direção ao Cara de Cão e nos deixando assistir um ou outro peixe pular ao lado da canoa. Delícia de remada, foi só parar um pouco para ajeitar o banco e deu para sentir que a maré estava a favor.



Passagem quase tranquila pelas esquinas do Forte São João depois de vir costeando pelas pedras. Mais para o meio do canal dava para sentir o vento entrando e depois descobriríamos que entrou mesmo forte lá em Copacabana.
Poucas fotografias pelo trajeto para aproveitar a força de maré nos aliviando as remadas. Onde seria lindo fotografar, foi lindo remar sem parar... a esquina do Forte São João virando na prainha formava uma ondulação surfável. Parecíamos estar numa gangorra contraditoriamente suave e radical! Estávamos ao contrário do surf, tendo que singrar as ondas que subiam.
Virando na Praia da Urca, coladas ao costão, avistamos ao longe duas canoas do Praia Vermelha saindo em direção à Copacabana, duas canoas com cinco remadores. Chamamos, chamamos mas o mar dissipa as palavras e ficamos no vácuo.


 


Contornamos a Ilha do Anel sempre empurradas pela maré e ao chegarmos na ponta que vira para o Leme vimos o mar ondular de um jeito que faz tempo não via. As canoas de seis remadores ao longe subiam nas ondas e batiam o casco violentamente... mar GIGA, vento de sudoeste entrando rasgando!
Subimos um pouco as ondas para depois descer, mas não fomos muito longe pois o horário já começava a apertar.
Na enseada da Praia Vermelha aprendemos a fazer troca de bancos sem sair da canoa.
- Vamos trocar?
- Vamos, mas quem vai ao mar?
- Ninguém!
Assim dito, assim feito. Fomos e voltamos diversas vezes para filmar  a nossa nova técnica de troca em canoa dupla. Não filmou nada, pena! Mas fazemos assim... uma deita com as pernas em direção à ama enquanto a outra vem se arrastando feito largatixa sobre a uma até chegar lá na frente e sentar. Muitas gargalhadas e pronto... ninguém precisou ir ao mar.


Hora de desembarcar depois de uma ligeira chegada na fenda do Caminho do Bem Te Vi.
- Olha... um saco? O que é aquilo?
- Um jacaré?
- Um jacaré!
Um imenso tronco negro boiava perto da beirada e não escapou das fotografias e da luta de não deixar me equilibrar sobre o seu dorso. Jacaré de mar! Arisco! Mas foi dominado... ao menos para uma foto!
Depois do passeio foi hora de desembarcarmos e guardarmos Abaeté. Pés lavados na pocilga imensa que inunda  a  calçada e em poucos minutos já voltávamos para a Praia da Urca para buscar o carro. Fazia tempo não me divertia tanto em uma remada, mais do que merecido depois de um final de semana intenso no Desafio da Taça Comodoro!

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