domingo, 26 de junho de 2011

25 de junho de 2011. Asfaltaram as beiradas!





Aniversário da Alê. Aniversário de nascer pro mundo e de nascer para o mar. Para o mundo nem sei há quantos anos, mas para o mar ela contou que há sete. Então hoje era dia de comemorar com uma remada e um café da manhã.
Às sete da manhã as beiradas já estavam bem povoadoas com o pessoal do Carioca Vaa e do Rio Vaa. Lá do CCC só eu e Tonho e logo depois Débora e Bruno.
Uma névoa insistente cobria todo o horizonte urbano e mais um dia me mostrou o quanto tudo muda em questão de horas. Basta um anoitecer para as beiradas se vestirem de um outro jeito.
Pessoal montando canoa de lá do outro lado da Praia e o tempo passando... Alê iria sair de oc6 com outro bando. Eu, Tonho, Ulmo, Juréia, Juréia, Ulmo, Tonho, eu...
- Tonho, vamos até o Posto Seis...
- Bora!
Na volta ficaríamos para o café.
















Começamos a remar e já vimos logo o que nos esperava, um mar liso liso liso que mais parecia um asfalto negro. O Cara de Cão, a esquina do Pão de Açúcar, as esquinas do Leme... tudo amanheceu para ser mariscado.
Não cabíamos nas embarcações de tanto prazer. As canoas faziam um filete reto e infinito na água vindo rumo do caminho navegado. Lindo.
As águas estão transparentes nas beiradas da Praia da Urca, mas é só chegar na mureta e um negro abissal povoado de lixos na superfície começa a tomar espaço. Mas não chega a estragar a festa pois basta cruzar a esquina dorminhoca do Pão de Açúcar e um mar verde nos devolve a crença de que tudo está melhor.
Lá pelo meio de Copacabana fomos encontrar duas canoas da Praia Vermelha, Teté lemeava uma e Pedrinho lemeava a outra. Canoas predominantemente femininas, energia para lá de boa. Paramos uns instantes para dizer o quanto tudo estava lindo e o quanto temos sorte em poder viver esse tudo. Depois partimos rumo ao Posto Seis, eu, Antônio, Ulmo e Juréia.
Descobri ali que apito funciona e não custa nada levar no bolsinho do colete. Não fosse o apitaço que fiz e as duas canoas passariam sem nos perceber.









Contornamos a lage por fora e entramos no Posto Seis. O mar na lage faz onda, faz espuma mas não faz medo algum, tranquilidade de nos deixar parar ali para ficar pescando ou mesmo fotografando... ou mesmo fazendo nada. Bom de ficar. Simplesmente.
O mar hoje permite um desembarque nas areias de Copa para esticar as pernas e nos convida para uma volta catando tatuí. Voltamos pela beiradinha da orla de Copacabana, quase andando junto com o povo da areia. Delícia.





Mas já lá no leme começamos a sentir o resultado de vinte quilômetros remando. Uma dorzinha fina no glúteo esquerdo, um calor queimando a vértebra cervical e Antônio ali do lado, também começando a ficar incomodado. Mas como incomodada ficava a minha avó, bastou um mergulho na água fria e pronto...
- Bora Antônio, vamos enfiar o remo nesse asfalto para chegar logo...
E assim fomos indo, passando por toda a orla em meio a silêncios, fotografias, conversas, risos... até desembarcar na xepa do café da manhã da Alê. Tres horas no mar, não se pode querer tudo. Mas ainda matamos a sede com um copo de mate e jogamos um pouco de conversa fora.
Muitos remadores ali no cantinho do Rio Vaa, inclusive o pessoal do CCC que chegou depois e contou que só foram mesmo dar banho nas embarcações no contorno do Forte Lage.













Valeu o atraso, pois só assim teriamos ido tão longe no nosso desejo de comer asfalto. Muito boa a remadinha, despertou o desejo dos longões e solidificou a parceria com Tonho e Ulmo. Dupla afinada, remando no mesmo ritmo, e lá dentro o mesmo desejo... quilometrar!



Um comentário:

  1. Leila,

    Perdi a remada de aniversário, mas foi por uma boa causa. Na próxima estarei presente.

    Maneiríssimo a remada de vocês até o Posto 6. Valeu!

    Bj.

    Mauro

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