terça-feira, 28 de junho de 2011

28 de junho de 2011. Perdendo o bonde...



Manhã fria de inverno, cobertor macio, quarto na penumbra... não podia dar em outra coisa. Perdi a hora. Chegando na Praia Vermelha foi o tempo de ver duas canoas de seis partindo rumo ao posto 6 e Léo e Guilherme montando uma canoa dupla para seguir o bonde.
Definitivamente não consigo enxergar os números do cadeado e não pude montar uma canoa individual para fazer parte da carreata.
Voltar para a cama numa manhã dessas, quase sol? Não. Definitivamente não. Mesmo com o frio fino que batia nas minhas pernas e com a constatação que esquecera o cartão da máquina. Não teria muito espaço para fotografias. Mas nada como deletar o velho e preencher com o novo, a vida segue, tal qual o espaço de um cartão de memória.
Fui então me encontrar com Juréia na Praia da Urca e não me arrependi nem um pouco, apesar da solidão que estava naquelas beiradas. Ao longe dois remadores da Rio Vaa montando uma oc2 e pronto.
Mas o mar transparente das beiradas se estendia liso na minha frente, mais liso do que meu cobertor amassado que deixei na cama. Menos quente. Menos limpo. Mas mais lindo!





Assim que entrei na água ouvi alguém me chamar. Era o Iuri também saindo de individual. Rumamos juntos para o forte do Lage e fomos surpreendidos com o sol ainda nascendo por trás do Cara de Cão. Nó, como essas beirdas são mesmo lindas! O que perde em limpeza para os lados da zona sul, ganha em geografia.
Contornamos a lage em sentido oposto, eu no sentido horário, Iuri no sentido anti horário. Nenhum dos sentidos foi incomodado por força de maré ou ondulação, o mar está navegável, absurdamente navegável!
Esse é um trajeto curto que se nos empenharmos podemos fazer em menos de trinta minutos. A ida pode ter sido em quinze mas na volta me perdi nas fotografias. Também pudera, o cartão enchia, eu esvaziava paradar lugar para outro olhar... nisso vai o tempo.







Encontros e mais encontros pelas águas afora. Alê, Nicolas, Paulo e as meninas do Rio Vaa desembarcando.
Solidão que nada... já cantava Cazuza.




Na volta resolvi arrumar assunto e voltei catando todo o lixo que boiava em nossa frente. Não catei mais porque começou a cair e me dava muito trabalho dar ré para buscar o que caía.
Mas catei o suficiente para me sentir bem. Tinha também uma macumba que fizeram ali em cima da rampa.
Mas fora o lixo, o agrado para as entidades... as beiradas estão lindas. Remar no inverno vale muito a pena de sair debaixo do cobertor.





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