terça-feira, 21 de junho de 2011

21 de junho de 2011 As beiradas abraçadas pela névoa.

Escuridão! Também pudera, deve ter dado carrapato na cama da minha carona pois 5:30 já estava na minha portaria o Caveirão com seu motor inconfundível. Mas chegar antes das seis não é uma loucura só nossa, lá já estavam Edu eTiago montando uma ama.






Rápidamente os malucos das beiradas foram chegando em número suficiente para encher tres canoas de seis remadores e mais o Léo que saiu antes de todos em sua Pueo voadora.
O dia nem quis amanhecer, ficou aquele sol agarrado atrás da Cotunduba que quando resolveu sair já estava envolto em névoa.
As beiradas da PraiaVermelha amanheram diferentes, coqueiros com canteiros e mais um cavalete para mais embarcações. Devagarzinho o espaço vai sendo ocupado por quem cuida.





Canoa feminina saindo com cuidado na beirada que está lambendo perigosamente. É um olho no mar e outro olho nas pedras que a maré descobriu. Entrada e saída sem sustos mas com muita atenção, o mar está lambendo sem dó. Guloso!
Nas esquinas o mar mostra ao que veio e sacode as canoas sem pena alguma. De longe podemos ver as ondas deixando o costão branco.
A maré parecia generosa na ida e na volta ou então foi a canoa que estava bem amarrada e bem equilibrada nas posições, chegamos em 30 minutos e voltamos em 35 minutos. Hora silêncio, hora um assunto aqui e outro ali.
Mar grosso mas sem muito lixo aparente, águas tépidas mas sem mergulhos. Fomos em um bate e volta até quase o Posto 6, faltaram uns cem metros. Ali o mar vinha de todos os lados, indeciso, sem saber onde lambia a canoa. Sendo assim, antes que chegássemos no costão do forte de Copacabana já apontávamos para as areias descendo na ondulação que aconselhava mesmo voltar dali.


Pequena parada, tempo suficiente de fotografar os meninos que chegavam logo depois. Tempo suficiente de ver o Léozinho descendo a ondulação com sua canoa que merecia ter asas.
Na volta por um instante mirei na Cotunduba e um raio de sol mostrou o caminho. Um caminho que terminava na Ilha da Cotunduba, escondendo uma névoa baixa que abusadamente se mostrava além, pela linha do horizonte. Era como um véu, um lindo véu que nos prendeu o olhar desde o meio de Copacabana.



Parece que o mar nos diz que há sempre uma luz, um caminho, um destino. Quem sabe um dia... a África!
Mas por enquanto desembarcamos ali mesmo na Praia Vermelha depois de cruzar bem as esquinas do Leme.











Saída rápida pela direita para o estacionamento pois a minha carona tão rápida chegou para me buscar, tão rápida me ameaçava largar. Foi mal pessoal, ajuda às pressas e rumo para casa.




Lá pelas areias um descanso merecido antes de guardar tudo no caixote. O morro de areia lambido pelas águas continua por lá, maltratando a saída. Mas quem disse que um dia de remada se resume ao mar? Felipe sabe que não.



Um comentário:

  1. adorei a trip. me alimentou mais um pouquinho...
    obrigado a todos.
    léo lannes

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