Dó. O Johnny voltou para a cama. Até em dia frio não se pode bobear com as vagas das canoas. Cochilou e a canoa sai... sem você!
Águas mornas e não fosse o frio quase inverno que passa raspando pela canoa, um mergulho seria bem vindo. As águas também não convidam muito ao seguirmos para dentro da baía, foi só contornar o paredão do Pão de Açúcar e já cruzávamos com garrafas pets, plásticos e outros objetos não identificados. Lá na Urca o mar se torna denso com o óleo das embarcações.
Canoa feminina andando bem com Ester no leme. Hoje fui no banco 1 sem a menor chance de fotografar. Mas fotografei com a alma tudo que os olhos podiam captar, afinal na minha frente só mesmo o mar. Imenso mar!
Na volta Ester não se decidia se ia para a Ponte Rio Niterói, se ia para o Forte do Lage. Até que resolveu mirar o Pão de Açúcar e voltar para o trajeto. Lemear em águas lisas pode ser mais difícil do que lemear em mar encrespado. Até chegar no Cara de Cão havia uma ondulação, mas nada que chamasse o peso do corpo para o lado da ama. Na entrada da baía, após o Cara de Cão, mar liso recebendo o zigue zaguear da canoa até contornar o Santinho.
Depois do contorno da estátua é que podemos parar um pouco e fotografar o que muitas vezes a memória não registra, ainda que a alma receba tudo de forma impactante. As beiradas são sempre impactantes!
Canoa fluindo apesar do ligeiro zigue zaguear, talvez porque estavam todas tranquilas, conversando sem perder o rumo ou a contagem das remadas. O verbo ajuda, reúne, une. Mas isso se o espírito está aberto para tanto. Conversar na canoa pode gerar também um certo conflito. Mas hoje a canoa estava em paz. As beiradas estão em paz. Apesar da agressão constante que sofrem da cidade.
A maré está deliciosa para voltar do Cara de Cão para o Pão de Açúcar, nem mesmo o conversê travou o deslizar da canoa.
Desembarque tranquilo mas sempre atento ali nas areias da Praia Vermelha. Final de outono, início de inverno... o mar pede atenção. Daqui a pouco entramos na temporada de águas turbulentas, não é bom descuidar.
As fotografias de terça e de hoje vêm depois, mal tenho tempo de escrever. Mas embora a vida siga e muitas vezes nos atropele, ainda continuo parando pelas beiradas... quase todos os dias.
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