quinta-feira, 16 de junho de 2011

16 de junho de 2011. Escândalo pelas beiradas!



Só mesmo este título para justificar aquela lua absurdamente gigante e brilhante sobre o Cristo Redentor ali no Aterro do Flamengo. Fui obrigada a parar o carro ali mesmo na pista, ligar o pisca alerta e tentar uma fotografia. A luz não deixou sair nítida a imagem, mas foi o suficiente para justificar o porque sair da cama às 5:30 da manhã.




Lá nas areias da Praia Vermelha a confirmação da atitude certa de buscar as beiradas. Tres canoas completas de seis remadores sendo montadas. Ester com certeza agradeceu meus telefonemas insistentes desde às 5 da manhã para que ela levantasse da cama. Principalmente quando viramos a curva do Leme já dentro das canoas. Lá estava ela... escandalosa, nua, Lua! Embora estivesse lemeando uma canoa e Ester outra, tenho certeza que a alma dela também estava prateada.





Prateada até depois de passar o antigo Hotel Meridien pois dali pra frente ficou todo mundo cor de abóbora avermelhado. O sol rasgou o céu por trás da Cotunduba e era impossível não avisar aos remadores. Todo mundo viu!
Corrente de lua cheia, um pouquinho pesada na ida e mais leve na volta. Canoa singrando o mar em uma sincronia absurda. Lindo ver os remos entrando e saindo juntos!




Lá no cantinho do forte de Copacabana ondas perfeitas lambiam o paredão chamando as canoas para um surf. Incrível não ver nenhum stand up por ali pois fazia tempo não via as ondas lambendo a parede com aquela peruca branca de crista em seu topo.
Alguns lixos pelo caminho estragavam a água morna e deliciosa de um banho, mas as águas lá no Posto 6 deram uma trégua. Quem se jogou nas águas sabe a sensação morna do sal na pele suada logo de manhãzinha.








Um vento contra na volta quase nos fez acreditar que o favorecimento da maré não seria percebido. Mas foi ventinho de nada que nem esfriou a pele. E voltamos em 30 minutos acreditando na maré.
Nas esquinas do Morro do Leme um mar anárquico fazia a canoa parecer uma roupa na máquina de lavar e nos aconselhava a passar ao largo. Passei rente, canoa esperta, remando na hora certa para fugir de repuxos e ataques de ama.












 
Desembarque tranquilo ali nas areias e depois de escalar um morro cavado na areia pela maré cheia da lua cheia conseguimos estacionar as canoas para desamarrar os iacos e colocá-las nos cavaletes.
Tres canoas foram desmontadas rapidamente e antes que guardássemos tudo no caixote, Juliano já havia desembarcado com sua oc1, também iluminado pela lua escandalosa e o sol invejoso que tomou o seu lugar naquele céu azul azul azul.
Missão cumprida de lavar alma no mar e pés no estacionamento e pronto... que venha o dia de trabalho!

3 comentários:

  1. Adorei o texto Lele, mas merecia UMAS fotos!! Hoje o amanhecer foi sensacional!! A Lua deu um show e o Sol não ficou para trás, terça-feira ele estava tímido, mas hoje foi diferente!! Beijão!! Fernandinha (WU)

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  3. Calma, as fotos entram mais tarde. Claro que as beiradas merecem mais do que palavras!O dia que é curto e vai além da remada... mas à noite tenho tempo para colorir o texto!

    ResponderExcluir