Dia nublado quase chuva. Depois de quase uma semana sem visitar as beiradas, foi dia de levar Joaquina para o cavalete e deixar Janaína em casa para depois levá-la para o conserto. E lógico, aproveitar a viagem para entrar no mar com Juréia e Joaquina.
Lá pelas areias, entre os cavaletes, a grata surpresa. Parecia Gal e Gil, as galinhas que o pessoal do CCC contou que andavam pelas areias da Urca, será que eram as mesmas? Pelas fotografias, pareciam.
Galinhas famosas que já circulam em fotos pela internet e já tem até versinho criado a diversas mãos no site do clube de canoagem, pareciam mesmo elas! Rodrigo que apareceu por ali no final de nossa remada poderia confirmar, mas esqueci de perguntar.
Hoje o tempo de mar era curto, então nada melhor do que passear sobre um mar de espumas apenas até a Ilha do Anel. A maré muito baixa com um mar encrespado desaconselha contornar a Ilha do Anel. Ainda mais sobre uma canoa que mais parece um touro bravo, Joaquina.
Muitas viradas de Joaquina e Carlota, números suficientes para captar o registro.
Colocamos Juréia e Joaquina na água para conferir as beiradas, estava sentindo falta e elas com certeza também.
Atenção para entrar no mar pois hoje o danado estava batendo um pouco. Ondulação constante que pedia um equilíbrio a mais sobre as canoas, principalmente Joaquina que estava tal qual o mar, anárquica.
Carlota ajudou muito em anarquisar Joaquina, logo na entrada teve duas constatações. A primeira que havia montado a ama do lado direito, a segunda que havia montado ela bastante arisca. Mal entrou e já foram tres derrubadas na água, a ponto de acreditar que não iria conseguir estabilizar, mas foi mesmo o costume, ou quase... estabilizou, desestabilizou, estabilizou, desestabilizou.
Canoa nervosa essa oc1 de surf, parece que foi feita para descer mesmo as ondas, não se contenta em levar a dona para um passeio tranquilo. Leme arisco que nem ela, basta um leve toque para atender ao comando. A canoa em forma de banana faz com que ela exija um equilíbrio diferente, exigente mas deliciosa, feito banana!
Navegamos sobre aquele mar de espumas, passando ao largo dos paredões. Joaquina estava muito arisca, não valia mesmo o risco.
Ficamos por ali vendo o caminhar das nuvens, o lamber das ondas nos costões, o Chinês passando acelerado em sua canoa azul cobalto, embarcações, pensamentos, palavras, risos. Não dá mesmo para ficar muito tempo longe do mar, o corpo pede, o espírito agradece.
Depois disso foi mirar para sair, esperar um intervalo entre as séries e sair aceleradas para nenhuma onda safada bater na ama que fica para baixo quando colocamos a canoa no ombro, e nos derrubar na farofa do quebra coco.
Depois disso foi mirar para sair, esperar um intervalo entre as séries e sair aceleradas para nenhuma onda safada bater na ama que fica para baixo quando colocamos a canoa no ombro, e nos derrubar na farofa do quebra coco.
Remada curta para um dia que se mostra longo, mas suficiente para reenergizar e reafirmar que não há cansaço que faça uma remada virar motivo de arrependimento. Agora entendo a frase dos sufistas e adapto para cá: um dia de canoa ruim ainda é melhor do que um bom dia de trabalho!
Janaína foi para o rack do carro para ser levada para a nova guarderia, minha garagem. Chega do estrago da maresia. Será preservada para as remadas solo, expedições e campeonatos.
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