15 de março de 2.011. O mar ainda sacode e espuma!

Dia cinza. Lindo ainda assim. Confesso que o tempo ainda não convida muito a se afastar dos lençóis tão cedo. Mas depois de colocar os pés nas areias e montar duas canoas de cinco remadores, vem a sensação de que não estamos mesmo sozinhos nessa loucura.
E o cheiro de flor? Forte mesmo dali da areia, hoje as beiradas pareciam um jardim em cheiro.

Hoje a direção foi a praia da Urca e pelo caminho podemos perceber que há tantos como nós, apaixonados pelas beiradas. Nem o mar mexido e cheio de espumas nos convence que não vale a pena navegar por essas beiradas. O dia sem vento e cinza resultou em uma remada para lá de boa com duas canoas andando juntas sem maiores contratempos.

Mas muito cuidado ali na virada do pão de Açúcar pois o bate e volta da ondulação fez a ama subir por diversas vezes. Pessoal experiente no requebrar dos quadris não deixou nem passar susto por ali, ficamos longe da canoa virar.

Maré parecendo vazante já que voltamos mais rápido do que fomos. É gostoso costear os costões e sentir a canoa reagir hora para não virar, hora para não deixar entrar o mar dentro. Só não é muito gostoso ouvir os iacos rangendo trabalhando contra  a força da ondulação.

- Quem diabos amarrou essas borrachas? Será que estão firmes? Estavam... ufa!

Muita espuma, montes que chegavam a voar sobre os braços e ter que fechar a boca para não engolir. Ai, shampoo fedorento!

- É orgânica!

- Pô Pedrinho, cocô também é!

As beiradas da Praia da Urca estão ainda sujinhas e com as galinhas Gal e Gil recebendo os navegantes. Só faltavam mesmo os colares de flores. Carlota queria interagir com as galinhas mas foi dissuadida pelo horário. Foi o tempo só de descansar um pouco e retomar o caminho.

Na ida o encontro com duas canoas da Rio Va_a levando na frente da fila a Silvinha e fechando a fila Nicolas no leme da segunda canoa. Na volta o encontro com a canoa do Carioca Va-a desembarcando ali na Praia da Urca. Tudo gente sorridente!

Desembarque atento lá na beirada da Praia Vermelha porque o mar continua lambendo a areia, se bobear lambe quem não desce atento da canoa e lambe até mesmo a canoa.

Uma lavada rápida nos pés na pocinha sujinha que reflete o Pão de Açúcar e pronto... mais um dia ganho pelas beiradas.

Hoje foi dia de remar mais e fotografar menos já que fui ali seguindo a voga da Carlota, mas deu para registrar, serve de cor!