sexta-feira, 18 de março de 2011

18 de março de 2.011. A distância que nos mostra um todo.







Hoje o rumo pelas beiradas foi outro. O dia amanheceu com o sol espantando as nuvens e o nascer de sol alaranjou o Cristo sobre a baía de Guanabara.
De novidade ali nas beiradas um chuveiro montado nas areias e uma barraca. Iria sair da Praia da Urca com Abaeté mas segui em carreira solo para a Praia Vermelha. Lá já estavam Thiago e Carlota arrumando as canoas.









O mar quebra forte ali na beirada mostrando que a maior lua de todos os tempos já mostra ao que veio na maré. Entrada no mar na corrida para fugir de repuxos e socas.
Apontei Juréia para o Leme mas Carlota sugeriu cruzar a baía até Niterói. Está bem, uma remada diferente hoje. Bastante diferente. Para ela nem tanto, ontem foi com Douglas e mais quatro para o mesmo lado.
A maré e a ondulação estão com uma força tal que nos fez gastar uma hora para chegar ao forte São Luiz lá do outro lado do canal. No meio do canal algumas ondas faziam cristas de espumas de tão grandes. Ao longe escutava os gritos de Carlota se deliciando na gangorra do mar. Companhia é sempre bom. Ainda mais para cruzar o canal recheado de imensos navios. A ondulação era tão alta que perdia Carla e Joaquina vez em vez por trás das ondas.


Chegando no outro lado mirei para o costão do Forte que parecia mais abrigado. Realmente estava, mas também o lixo acumulava ali descansando do empurra empurra da maré. Tivemos que disputar espaço na hora do mergulho.





Navegar também ajuda a filosofar e ali me veio o título do blog. Me virei para avistar Carlota e me deparei com as beiradas do Rio lá de longe. Nossa, como são lindas! Muitas vezes é preciso nos distanciar de tudo para poder enxergar o todo. De perto, tão perto, muitas vezes absorvemos tanto o objeto do olhar e do sentir que o camuflamos com os detalhes. Olhar de longe nos permite reunir pedaço por pedaço. Analisar um todo. Nossa, como são lindas as beiradas do Rio de Janeiro!



Carla estava certa quando disse que a volta seria melhor. A ondulação entrando imensa para o miolo da Baía não significava que a corrente também entrava, na verdade ela nos levava para fora da baía se parássemos. A cada parada para fotografar sentia o desvio. Mas voltamos melhor, a hora completa da ida se transformou em menos um quarto na volta, navegando conosco sobre uma canoa deslizando mais leve.
Delícia de navegar!


Desembarque esperto por ali pois o mar continua querendo nos pregar peças. O cansaço da remada pode nos deixar levar a atenção. Mas não, bastou esperar o momento certo e em pouco tempo já guardávamos as canoas nos cavaletes.
Confesso que hoje quase deixei a preguiça me ancorar, mas o mar, a maré, a previsão da maior lua cheia dos últimos 18 anos me avisa que o corpo pede lua, pede rua... ou mar!

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