sábado, 3 de dezembro de 2016

03 de dezembro de 2016 Batismo e cumplicidade.

Hoje o relógio não despertou. O treino com as namasteres estava marcado para às 6:00. Hora exata em que olhei o relógio. Ruim acordar no pulo e sair engolindo uma banana e um cafezinho requentado, mas hoje seria treino longo e certamente viria aquele arrependimento caso não fosse. Chegamos na areia e ainda rolava um enrola enrola danado que nos fez embarcar apenas às 7:00. Maré vazante com força, o que nos levou a tout vitesse até o Leme e nos acorrentou na volta. Por aqui nada de fotos ou a canoa não só permanece acorrentada como derivaria para a esquerda. E além do mais, nem trouxe a máquina.
As fotos que posto aqui são roubadas da Selma. Obrigada Selminha!



Desembarquei atrasada na areia e uma turma grande já aguardava para a segunda saída. Desta vez não iria para a zona sul mas sim para a Marina da Glória. Quem sabe na volta não conseguiríamos chegar a tempo de participar do batizado da canoa do Roc? É bom conhecer um pouco da cultura do esporte e perceber que o va'a mais do que um esporte é uma filosofia.














Passamos pela praia do flamengo e lá estavam reunidos remadores de diversos clubes: Carioca Va'a, Pilialoha Va'a, Guarderya, Brava'a e nós, Praia Vermelha Va'a.
Desembarque com cuidado para não arriscar nas ondinhas quebra cocos da praia do flamengo que de inocentes não têm nada.










Um café da manhã aguardava os remadores e logo foi iniciado o batismo sob o comando do Depardo, remador antigo que me ensinou um tanto tanto que sei e com quem comecei a remar.
Gostoso ver essa re-união e uma energia única passou de mão em mão na grande roda que se formou ao redor da canoa. Algumas palavras de um, de outro, trazendo para todos o significado do batismo e logo depois com uma cuia de madeira onde se misturou água do mar com água da cachoeira, Théo e Depardo abençoaram a canoa. 
Feliz reencontro, Um grande mestre e outro, grande parceiro de expedições. Lembro bem quando Théo me perguntou em uma noite na praia do Aventureiro: - Você que já tem idade, me diz qual o segredo de viver? Fiquei surpresa com a pergunta e só pude responder: - Viver! E isso ele vem fazendo muito bem!





Dali foi rumar para o Forte Lage para que a tripulação das tres canoas do Praia matasse um pouquinho mais da sede do mar e mergulhasse no meio de palavras e risos. Foi o tempo de ver passar Gabi com a turma do Guarderya, em canoas individuais, me avisando que Regina vinha logo atrás. Mas aí já não dava tempo de tanto confraternizar, o sol já subia a pino e era hora de voltar.
Dia bom, dia de resgate. O relógio pode não tocar mas o corpo já está adestrado! Busca mar!






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