Depois de uma longa jornada continuamos ciganas, mas agora podemos usufruir um pouquinho de Nalo. De cavalete em cavalete fomos acolhidas pelo Brava'a e a energia da primeira saída não poderia ser diferente da energia que sinto quando vejo Jorge, Chinês ou Machado navegando pelas águas da baía. Obrigada Brava'a!
Dia nublado mas sem previsão de chuva e reunimos as VagaLumetes para nossa cotidiana saída de sexta feira. De seis, viemos quatro e mais uma convidada.
Na saída já encontramos o povo do Netuno, sem o Sanson, em uma oc6 e uma oc3. O mar tem desses encontros, precisamos desses encontros. Nos fazem sentir seguros.
Dali fomos ver o tempo gasto até o forte Santa Cruz. Miramos no Forte Lage e depois seria só cruzar o canal. Nada de cronômetros ou afins. De marcador apenas um relógio e a observação da corrente. Vi que a primeira preia mar foi 5:05 e a única baixa mar seria às 12;30. Iríamos então na maré vazante, o que nos daria um bom tempo de percurso. A baía estava um verdadeiro asfalto até chegarmos ao lado do forte Lage, ali um sacode de ondulação sumiria logo após a bóia da entrada do canal, quando o mar de asfalto voltaria até a esquina do forte Santa Cruz. Vinte minutos foi o tempo total de percurso. Poderíamos criar um uber canoe para o pessoal que sofre no engarrafamento da Ponte.
Têm dias que são de treinos, têm dia de contemplação, têm dias de conversa. E têm dias que reúnem um pouco de cada tudo. Me atraem mais esses dias. O melhor que já ouvi nos últimos tempos foi a Carlinha perguntando pra Verinha se ela estava remando e quando ela respondeu que estava remando comigo, o Furacão disse: Então você está é se divertindo. Pois foi exatamente isto que me trouxe para o Va'a.
O Forte Santa Cruz tem uma visita guiada de uma hora que vale muito a pena. Sempre estaciono a canoa por ali e fico lembrando de histórias que ouvi e que antes sequer imaginava. E 7:30 tem sempre o corneteiro tocando para reunir a tropa ou qualquer coisa assim. Sem relógio posso saber se estou dentro da programação ou não.
Amarramos os iacos nas amas outro dia. A combinação era amarrar e sair para remar, mas levamos tanto tempo, graças ao meu Alzheimer, que ficamos só na amarração. Mas como sempre, nos divertimos. E melhor, os iacos ficaram muito bem amarrados. Canoa gostosa, singrando o mar suave. Acertamos na amarração dos iacos na canoa. Ou então essa mulherada de hoje fez tudo ficar mais leve.
Hora de voltar, sem não antes observar o fluxo contínuo da entrada da baía de Guanabara. Perder cinco minutos remando paralelamente a esses brutamontes de containeres, para só depois cruzar atrás de sua popa, equivalem a uma tripulação calma e remando constante. O dia a dia nos faz ter o tempo exato de passar entre as embarcações e a prudência exata de, na dúvida... parar e aguardar. Não bastam coletes, apitos e bússolas... há que se ter conhecimento e cautela.
Pensava que a bóia delimitava o canal de forma que os navios não pudessem passar entre ela e o forte Lage, mas aprendi recentemente que os navios de baixo calado podem passar entre ambos. Sendo assim, estamos a salvo dos grandes navios apenas dentro da limitação da baía compreendida dentro da linha do Forte e da linha do aeroporto Santos Dumont. Isso sem esquecer um minuto das embarcações menores e até mesmo dos caiaques de pescadores.
Dia cinza lindo, mar tranquilo e visibilidade perfeita. O que mais posso desejar? Voltar. Obrigada Brava'a! Obrigada meninas! Obrigada Nalo Wi' Wiki!
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