Dia sinistro! Chegando na Praia Vermelha o destino teve que ser alterado. A névoa não me deixava ver além da estátua do Chopin. Já levantei meio tarde pensando em nem ir. Mas quer saber? Olhar aquele céu azul e imaginar as beiradas como ficam no amanhecer é promessa de não me arrepender. Fui.
Muita névoa e o jeito era partir para a Praia da Urca. Lá tinha muita gente entrando no mar, em canoas havaianas e em caiaques. Lá estava a turma diária que povoa as areias e infelizmente não consegue espantar a turma que deixa o cantinho dos cavaletes com um cheiro de banheiro insuportável.
Resolvi seguir para o Cara de Cão ainda que a névoa me aconselhasse seguir para a Praia do Flamengo. Queria ver.
Vi no caminho foi um imenso jorro de esgoto sendo jogado ali no mar. Muito triste. Esgoto arremessado nas areias da Praia Vermelha e esgoto arremessado nas águas da Urca. Não tem como escapar.
O mar estava liso e uma remada lenta e preguiçosa me levou deslizando até a Boca da Barra. Passei um pouco e assisti uma ondulação forte e sinistra no meio de uma densa névoa. Retornei e percebi que a maré muito cheia combinada com a lua cheia quase não me deixavam sair do lugar.
Depois de muito esforço voltei para o mar liso e fiquei parada ali olhando a névoa que tudo tampava e o som alto dos apitos do navio no meio do nada. Como amo ir para essas beiradas também em carreira solo!
Meia volta volver e uma passagem sob a ponte do Forte São João me devolveu às beiradas da Praia da urca já descobertas pela névoa e começando a ficar com um calor de verão.
Ainda bem que levantei e fui, como sempre...
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