O dia amanheceu rubi como merece a estação. Águas claras ali nas beiradas da praia da Urca. Escuras conforme vamos nos afastando para o meio da baía.
Areias bastante povoadas por remadores. Duas canoas do Urca Vaa já se preparavam para zarpar às seis da manhã e aos poucos vi chegar os meninos. O bicho do mar picou todos eles que já estão devidamente montados em suas próprias canoas havaianas.
Gisele queria visitar o outro lado da baía, Icaraí. Então, vamos!
Um mar liso, um tempo sem vento e um aparelho de som variando entre U2 e Titãs nos levou em quarenta e cinco minutos ao outro lado da baía de Guanabara. Tudo lindo não fosse o lixo danado que faz um imenso colar ao chegar em Niterói, não é uma cena incomum para mim. Talvez para quem estréia nessas águas escuras.
As águas permanecem geladas e só houve um repuxo na volta ao chegar no Forte Lage. Saímos de Icaraí e o Forte estava muito à nossa esquerda, a idéia seria passar sob a ponte do Forte. Mas foi chegando, chegando, e uma maré absurda nos levou para o lado esquerdo do Forte me obrigando a pisar fundo o pé no leme para manter o prumo. Éééé, mar liso... mas nem tudo é o que parece.
Na volta encontramos Nicolas e só fomos reencontrar os outros remadores já na areia. A volta nos custou uma hora, mais pela corrente do que pela parada obrigatória para deixar passar um imenso navio da marinha. A buzina alta e contínua mais parecia nos saudar do que alertar. Lindo de ouvir!
Niterói é linda, a vista de lá mais ainda. Agradeço a cada manhã a possibilidade de remar nessas águas e assistir a cada dia uma nova cidade amanhecendo. Não há como acreditar que sexta feira treze é um dia de azar!
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