terça-feira, 31 de janeiro de 2012

31 de janeiro de 2012. Onde estão as beiradas?




Dia muito escuro logo cedo. Até mesmo o Cristo estava coberto por um fio de nuvem. O resto era um céu limpo de esperar para ficar azul. Azulou e acinzentou. Foi demorar um pouco a montar as duas canoas para dez remadores e a névoa cobriu tudo... Cobriu de não dar mais para ver as beiradas.
Johny costeou o Anelzinho, costeou a Ilha do Anel e pronto... lá foi ele mirando para as Cagarras ao invés de margear a beirada do Leme. Protesto geral na canoa pois não dava para ver nada. Mas ele foi, afinal são anos por essas beiradas, até mesmo as canoas sabem o caminho sozinhas.




Mas o problema maior nem é se perder, mas perder a visão e ser atropelado por um barco. A cada apito ao longe de um navio e o maluquete do nosso leme virava um pouquinho para a orla.



Logo chegamos ali no posto 6 para um mergulho. As águas não estavam nem um pouco convidativas, escuras, marrons, talvez por causa das algas. Algo estranho, o mar. Muito lixo.





Na volta as gaivotas faziam  a festa e assistíamos pelo reflexo na superfície da água. Escuras e lisas, um verdadeiro espelho. Lindo. Lá perto do Leme, na volta, duas gaivotas se arremessaram em um mergulho fantástico. Não levantaram com nenhum peixe, daí concluir que queriam se mostrar. Talvez sejam as amigas de Rodrigo que faz tempo não manda notícias da remada rumo ao sul.
Remadinha forte, no final virando corrida. Bom para acordar!





Depois de tudo a névoa se dissipou e o céu azulou, mas já tínhamos tomado rumo. Não faz mal, longe do perigo a falta de visisbilidade dá um outro tom nas beiradas. Belo e sinistro!
 


O blog mais uma vez quase fica órfão de imagens... lá se foi mais uma máquina. Mas... nem tudo está perdido enquanto Carlota estiver por perto. O colorido das páginas estará a salvo!

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

25 de janeiro de 2012. Espera um pouquinho...





Fazia tempo não chegava na praia da Urca com uma escuridão como a de hoje. De contraste as luzes da baía de Guanabara e o Cristo lá em cima iluminado. Turista fica louco por aqui.
Loucas ficamos nós também pois nem conseguíamos remar direito. Que amanhecer lindo! Vamos remar... espera um pouquinho, mais uma foto. Pronto, vamos remar. Mais um pouquinho, mais uma foto.
Fui remar com o Furacão Louro, obcecada por fotos assim como eu. Quando não fotografava, Carlinha enfiava a pá com tanto vigor que chegamos a 11,8 km por hora.


Um grupo grande do Urca Vaa saiu em duas levas, duas canoas na leva da madrugada e duas canoas na leva do amanhecer. Águas lisas lisas lisas. Sujas, mas lisas!
Lá na beirada já estava Antonio às cinco e meia da matina com a cópia da Lariana. Não confundo mais a Andréia, é gêmea mas tem suas peculiaridades. Andréia estava inaugurando no caiaque e com certeza será mais uma contagiada por esses amanheceres.
A princípio iríamos até a Ilha Fiscal, mas graças ao Antonio que esqueceu as chaves na areia, fomos em busca para entregar as chaves. Provavelmente foram remar em águas abrigadas e de visual lindo... onde mais? Forte da Lage. Batata! Lá estavam eles.









Já que ali chegamos, sabe lá como... já que as máquinas de ambas não paravam de registrar, então seguirmos para o Forte São Luis lá em Niterói.
Que lindo, faz tempo não chegava ali. Des-lum-bran-te.











Na volta tudo lindo e pegando fogo com o sol. Mar danado de óleo ali no canal e com uma ondulação sinistra e esquisita no Cara de Cão, uma ondulação seguida e gorda que parecia surfável mas repuxava... empurrava, repuxava. Cuidaí, cuidaí. Tô cuidando, tô cuidando!




Depois de passar a esquina mais perigosa da baía de Guanabara foi hora de Carlota querer fazer xixi... faz aí! Bem do lado um barco avisava... Não tô nem aí! Pois é, coincidências não existem...
Sete e quinze já estávamos desembarcando ali na areia de um passeio mais fotografado do que treinado. É sempre bom ir para as beiradas com a furacão, não há repressão. E dá-lhe de fotografar!




Quando já voltávamos, alguns já iam. Ainda vi a Kate dando um tchau e rumando para sabe lá onde, só sei que feliz.



 
 

26 de janeiro de 2012. Recado da Luíza. SOS Mata Atlântica!

Hoje perdi a hora e vou só mandar um recado da Luíza... só sei dizer que a água devia estar muito fria pois passando na orla de moto ontem a noite quase congelei, foi dobrar a Avenida Princesa Isabel e o calor desumano do verão voltou. 

Mas diz aí Lú...



GALERA DO MAR,
No dia 12 de fevereiro, a partir das 10hs, no Posto 9 de Ipanema,
haverá um grande encontro de remadores por um nobre motivo.
Trata-se de uma campanha da Fundação SOS Mata Atlântica,
em parceria com dezenas de organizações de todo o Brasil, para alertar a sociedade sobre OS IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES NO CÓDIGO FLORESTAL SOBRE OS MANGUEZAIS, um tipo de ecossistema muito importante espalhado por toda a zona costeira do Brasil.
É a campanha: "Mangue faz a diferença".
Vamos levar nosso apoio, galera da canoa havaiana, caiaque e stand up?
 
Aos clubes participantes: podemos oficializar a parceria colocando as logos dos clubes como apoiadores da campanha.
 
Abraços,
Luiza Perin.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

24 de janeiro de 2012. Rema melhor quem rema por último...






Fui uma das primeiras a chegar na beirada da Praia Vermelha e a última a embarcar. Última mesmo pois fui de leme na canoa dos atrasados. Duas canoas montadas na beirada e ninguém queria esperar os retardatários.
- Vamos lá pessoal, só ajuda a descer mais uma canoa que fico para o leme de quem chegou depois...
Montamos rapidinho a canoa mas não a tempo de acompanhar o bonde.
Antes de nós sairam também o carioca Vaa, duas individuais de lá, o Alquéres e o Léo. Silvinha apareceu depois no rabo da nossa canoa já voltando lá pelas beiradas do Leme. Antônio estava lá na beirada para brindar a nossa volta. Quem foi hoje ao mar viu de perto a cara do verão. Sol nascendo vermelho e já queimando na volta. Mar liso e de águas extremamente geladas. Pouca sujeira boiando na tona, ufa... salve o verão!







Nada de corrente pesando a canoa, apenas um deslizar sem fim.
Quando chegamos no posto 6, as duas canoas já voltavam em ritmo forte. Fomos com Magrão na voga ditando o ritmo que eu desejava mesmo para hoje... lento, profundo e sintonizado. Robertinha no banco dois foi uma grata surpresa acompanhando a sincronia e a calma do Magrão. Ulisses e Théo fechavam o motor fazendo as bolhas subirem por baixo da canoa em sincronia perfeita com os remadores e o mar. Resultado de todo esse conjunto? Canoa deslizando tranquila pelas águas do Rio.



Ainda que avistássemos as canoas retornando, a idéia do mergulho não nos saiu da cabeça e a paradinha clássica no posto 6 não foi descartada ainda que soubéssemos que seríamos só nós cinco para desembarcar a canoa mais pesada o clube. Quem tem o Santo Jorge lá nas beiradas vermelhas não se sente abandonado.
Remada típica de verão... às oito da manhã já estávamos preparados para ir trabalhar!