segunda-feira, 4 de julho de 2011

02 de julho de 2011. Carreira solo entre névoa e lixo...










Foto do Douglas

Foto do Douglas


Hoje estava marcada uma remada longa para um dia enevoado. Remada longa pede uma saída da cama mais drástica, 5:00 da matina!
Pois 5:30 desembarcava do carro nas areias desertas e escuras da Praia da Urca. Nada de Antonio, nada de nada. 6 horas embarcava em Juréia.
As águas transparentes contrastavam com a madrugada escura mas mesmo assim montei Juréia e fomos rumo à Ilha de Cotunduba ao encontro de Douglas, Carlota e Joaquina.
Delícia remar assim no escuro em meio à névoa, até mesmo chegando na virada do Cara de Cão o dia continuava desmaiado. Dia desmaiado e águas imundas desperdiçando a transparência oferecida pela maré que trazia águas limpas. Águas transparentes com lixos sobre elas. Diacho de contradição!
Remada forte até a enseada da Cotunduba para constatar que ali também virara um reduto de lixo, quase tal qual o lixão de Gramacho sobre as águas. Fiquei ali naquela solidão imaginando se o meu atraso de quinze minutos havia causado o meu abandono. Mas não, celular na mão e descubro que Carlota e Douglas me esperavam antes do canal, de frente para a Ilha.
Vai aqui um recado... encontro marcado no mar tem que ser no ponto marcado. Somos apenas um pontinho no meio do oceano, sendo assim, alguns metros de diferença fazem diferenças fatais.
O desencontro durou quase vinte minutos entre um indo buscar o outro e mais um desaparecendo naquele mar liso. Imagina com ondas... aí que não nos veríamos mais.
Encontramos e seguimos. Eu e Juréia para o posto 6 para quilometrarmos 20 km e Carlota e Douglas rumo às Cagarras. Cagarras? Que nada, os dois resolveram seguir até a Redonda!

Foto do Douglas

Foto da Carla

Foto do Douglas

Vai aí mais um aviso... remadas longas pedem água, repositor energético e corpo bem hidratado e alimentado para não resultar no enjoo e no cansaço que bateu na Carlinha na volta em frente ao Copacabana Palace. Fiquei monitorando pelo telefone o seu desembarque, ao menos uma coisa certa nessa longa loucura... alguém em terra sabia que ela estava em mar!


A remada de hoje, apesar da mesma distância, foi menos desgastante que a outra com Antônio, talvez pelo tempo nublado e pelo mar generoso. Talvez por pausar menos.
Alguns encontros na volta e logo já desembarcava na Praia da Urca para montar a Maia. Hoje foi dia de Maia levar Flávia e os sobrinhos pelas beiradas. Débora fez o leme para acertar meu relógio que já estava atrasado.












Lá pelas beiradas o Comandante Rodrigo também fazia a festa de quem foi remar com ele lá pelo Forte Lage. Triste mar, castigado pelo consumismo urbano. Mais tarde vi as fotos do Rodrigo e percebi que o lixo que encontrei no caminho era pouco perto do que acumulava lá pelo Forte. O Rio não merece!

Foto do Rodrigo

Foto do Rodrigo

A remada do Comandante Rodrigo até o Forte Lage mostrou bem a cara das Beiradas de hoje. Tristes! Salvas apenas pela luz no rosto de quem desbravou o mar com ele até o Forte.

Foto do Rodrigo

Foto do Rodrigo

Foto do Rodrigo

Mas ainda assim valeram os 20 km quilometrados, quem sabe de conto em conto aumentamos um ponto e melhoramos a cidade. Eu acredito.
Dali foi me enfiar debaixo de um cobertor e passar o resto do final de semana descansando e comendo. Sem a menor culpa!

2 comentários:

  1. Sem a menor culpa!!! Um sentimento de Paz la no fundo da consciencia ,sem peso nem lamento , nada para julgar ou explicaçao desnecessaria, um salto no vazio bem no ponto certo no centro da questao. Ufa, que gostoso esse momento!!!
    Um bejum pra oce Lele!!!
    Wagner -Eu Mesmo-

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  2. Oi Lê,
    Pelo horário dá para perceber que viajei no blog.
    Maneiríssimo.
    Beijo,
    Clovis

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