Mais um dia de névoa intensa. Ainda mais às cinco e meia que foi a hora marcada para chegar na Praia Vermelha. Tudo bem que atrasei 15 minutos e cheguei com a canoa já na areia, mas corri para a amarração de olho no perdão!
Cinco e quarenta e cinco já estávamos entrando no mar, ou melhor, nas nuvens que era o que nos aguardava.
O mar estava muito escuro e cheio de lixo flutuante. Maré pesada mas que ainda assim nos permitiu ir em trinta minutos até o posto Seis e voltar no mesmo tempo.
O posto Seis mesmo só foi avistado quando já quase batíamos no deck dos bombeiros, perto do clube Marimbás.
- Caramba, a lage está láááá na esquerda!
- Ué Lelê, eu estava vendo...
- Porque não avisou?
- Ah, achei que você queria costear a praia!
O diálogo nos dá a dimensão da remada de hoje. Mais uma vez catamos mariscos e tatuís para fugir do risco de ir parar lá nas ilhas Cagarras. Delícia de breu!
Não dava para ver nada e muito menos escutar nada, a não ser as ondas pequenas quebrando na areia. Silêncio total por todo o percurso de mar de brigadeiro, algumas vezes intercalado pela chamada da Andréia lá na voga.
- Um, dois, tres. - Um, dois, tres. - Um, dois, tres.
No retorno cruzamos com duas canoas do Praia Vermelha indo. Naquela hora a névoa já se dissipava e nós já subíamos rente ao paredão do leme de volta para casa. A falta de visibilidade nos fez esquecer da reta e voltar fazendo um percurso barriga junto à praia. Não faz mal, mais alguns metros, mais algumas remadas e muito mais satisfação!
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