Terça feira chuvosa, ainda assim levantei da cama. Afinal minha última navegação foi na sexta feira passada. Mar tem disso, dá saudade.
Chegando na Praia Vermelha já estavam por lá Carla e Ulysses, a primeira foi e o segundo voltou. Éramos sete remadores e o tempo de hoje espanta quem chega com preguiça. Espanta também ver aquelas esquinas escondidas pela névoa. Eu gosto, aliás adoro.
Névoa que nos fez navegar catando mariscos e tatuís.
Ama arisca. Canoa rápida com motor forte e voga bem acompanhada pelo banco 2. A canoa assim fica fácil de lemear apesar do mar chacoalhado das esquinas.
No mar somente mais uma canoa do Carioca Vaa e nada além de gaivotas e alguns lixos flutuantes. Lá no|Posto 6 um remador de sup solitário insistia nas pequenas ondas que apenas tornou a descida da canoa para a areia mais leve, mas não chegou a ser um surf.
Mergulho clássico para quem costuma enfrentar águas geladas.
A corrente do mesmo jeito que nos levou, nos trouxe. Leve. Em silêncio. Remar sem direção faz perder a concentração na remada, mas faltando uns trezentos metros da esquina do Leme avistei a ponta da pedra e assim ficou mais seguro de navegar. Lá de trás mirava a Ilha da Cotunduba que facilmente se disfarçava de costão. Neblina engana...
Colete, apito e olho nas margens, nada de ficar com a cabeça nas nuvens e perder o rumo. Atenção redobrada com o desconhecido e uma sensação gostosa de que o levantar da cama valeu a pena.
Nem Jorjão acreditou que haveriam canoas para ajudar no desembarque, mas ainda chegou a tempo de ajudar o pessoal do Carioca Vaa e tomar um cafezinho da Chequetti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário