quinta-feira, 29 de novembro de 2012

29 de novembro de 2012. Ensaiando para a Rio Vaa.

No apagar das luzes formamos uma equipe para competir no Sul Americano de Vaa que vai acontecer dia 08 de dezembro aqui nessas beiradas. Não podíamos ficar de fora do nosso próprio quintal.
Sendo assim, no apagar das luzes, e num nascer de sol deslumbrante fomos testar a formação. Paola não pôde vir, mas Carlota não fez feio no seu lugar.
Lá do outro lado a lua avisava que já estava indo, cheia, linda, com vontade de ser visitada numa remada noturna.






Nessa equipe não tem cacique, nem capitão, nem treinador, nem nada... sendo assim cada uma escolheu o banco que quis. Foi uma formação na ida, foi outra na volta. Ambas andaram bem precisando de pequenos ajustes. Traçamos uma reta em direção ao forte de Copacabana e o resto foi o som dos remos na água e silêncio. Uma ou outra palavra, mas predominantemente silêncio.
Energia boa na canoa aproveitando um mar tranquilo e de águas frias mas deliciosas para um mergulho no Posto 6.










Quatro canoas partiram da Praia Vermelha em direção ao posto 6, todas andaram quase juntas, exceto a do Carioca Vaa que saiu e chegou depois.





O mar continua escuro e com bastante lixo boiando, não difere muito do trecho que se estende até a Praia da Urca. Mesmo mar, outras correntes e a mesma cidade insistindo em sujar o que é belo. Mas estar entre amigos fazendo o que se ama acalma os olhos e renova  a esperança de um dia todo mundo perceber que o que vai... volta!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

28 de novembro de 2012 Shampoo e esquecimento pelas beiradas...

Mais um dia nublado. Mais um dia de canoa pelas beiradas. Ir para cama tarde faz a gente atrasar o horário marcado, sendo assim ao invés de seis, sete horas da manhã já estava na Urca com Carlota assistindo o pessoal do Urca Vaa chegando de Catamarã.
Remar com Carlota é bom para fazer força, fotografar e rir...
A idéia inicial era ir até Niterói ou quem sabe dar a volta na Cotunduba. Não... vamos até a Praia Vermelha. Parecia que estava adivinhando, pois no meio do caminho lembrei que deveria estar na Lapa às dez horas, ai, santo esquecimento. Já eram 8 da manhã!
Mas como adicto de mar é adicto de mar, não custa nada chegar ali na esquina e dar uma olhadinha na Praia Vermelha. Depois voltamos à "tout vitesse" para a Praia da Urca.
O mar negro e sujo ajudou com sua corrente tranquila, interrompida por um forte down wind na esquina do forte São João. O down wind nos jogava lá para a Ponte Rio Niterói, mas nada de ceder à tentação pois o relógio é cruel e não para.
No meio do caminho uma parada aqui e ali para fotografar. O Furacão Louro não concentra os olhos no mar e na remada e fica olhando todo o entorno. Ainda bem, assim não perdemos o que as beiradas insiste em nos mostrar e a loura insiste em fotografar.
























O mar estava chacoalhado de espuma. Chamo de shampoo para ficar mais poético. Para variar vez em vez jogava uns respingos e uns banhos na remadora da frente, quem vê nas fotos até pensa que é suor! E o shampoo? Respingos e mais respingos de espuma nos cabelos. Argh!
- Carlota, não fica brava... antes foi o shampoo de pedra ali da esquina da Praia Vermelha que endurece o cabelo, agora tenho que te jogar um pouco do shampoo do Forte para deixar o cabelo forte!!!!
Já na saída ali na rampa da praia, um cano do muro continua jorrando um rio de não sei o que no mar. Antonio diz que são águas pluviais... hummm, sei não, cheiro estranho demais. Alguém anda sujando nossas águas pluviais!
Canoa na areia e pernas para que te quero, um dia começando tão divertido não pode se perder por um esquecimento de compromisso! E deu tempo... ufa!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

27 de novembro de 2012 Navegando nas nuvens

Terça feira chuvosa, ainda assim levantei da cama. Afinal minha última navegação foi na sexta feira passada. Mar tem disso, dá saudade.
Chegando na Praia Vermelha já estavam por lá Carla e Ulysses, a primeira foi e o segundo voltou. Éramos sete remadores e o tempo de hoje espanta quem chega com preguiça. Espanta também ver aquelas esquinas escondidas pela névoa. Eu gosto, aliás adoro.


















Névoa que nos fez navegar catando mariscos e tatuís.
Ama arisca. Canoa rápida com motor forte e voga bem acompanhada pelo banco 2. A canoa assim fica fácil de lemear apesar do mar chacoalhado das esquinas.
No mar somente mais uma canoa do Carioca Vaa e nada além de gaivotas e alguns lixos flutuantes. Lá no|Posto 6 um remador de sup solitário insistia nas pequenas ondas que apenas tornou a descida da canoa para a areia mais leve, mas não chegou a ser um surf.
Mergulho clássico para quem costuma enfrentar águas geladas.











A corrente do mesmo jeito que nos levou, nos trouxe. Leve. Em silêncio. Remar sem direção faz perder a concentração na remada, mas faltando uns trezentos metros da esquina do Leme avistei a ponta da pedra e assim ficou mais seguro de navegar. Lá de trás mirava a Ilha da Cotunduba que facilmente se disfarçava de costão. Neblina engana...
Colete, apito e olho nas margens, nada de ficar com a cabeça nas nuvens e perder o rumo. Atenção redobrada com o desconhecido e uma sensação gostosa de que o levantar da cama valeu a pena.
Nem Jorjão acreditou que haveriam canoas para ajudar no desembarque, mas ainda chegou a tempo de ajudar o pessoal do Carioca Vaa e tomar um cafezinho da Chequetti.