sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Para fechar o ano!

Ainda em recesso e prestes a sair das beiradas para as montanhas, nada como uma despedida em grande estilo. Depois de lutar contra a preguiça da Gi resolvemos pegar as v1s e encontrar com Cris, Paola e Rocio. Lógico que atrasamos. Cris nos encontrou em casa e Rocio e Paola nos encontraram lá na Praia Vermelha. Vik nem abanou o rabo e Fernanda e Silvinha cuidaram da gripe da Bruninha.






Mar negro não é novidade por ali. Precisamos chegar até o leme para as águas clarearem um pouco. Antes de chegar por lá muitas montanhas de espuma e cheiro ruim, quadro que se agravou ainda mais na volta.






Mar chacoalhado mas depois de entrar em Copacabana melhorou a navegação. Logo logo chegava no posto6 e ainda avistei o Marcinho com o Copa Va'a virando a lage do posto 6. De longe me acenou e fez um gesto para que fosse atrás.
Mirei a areia para desembarque mas ao longe Giselle me assoviava para chegarmos até o Arpoador. ainda bem que fomos. Águas verdes cristalinas. Cardumes de peixes pulando sobre a linha d'água. parecia que havíamos cruzado um portal e chegado à Shangrilá.
Conversa vai e conversa vem e ninguém tinha muita hora para voltar. Mas infelizmente temos que voltar. Não sem antes desembarcar no posto 6 e dar um abraço no Marcinho.














Depois foi só rumar em direção ao Costão do leme e já estaríamos em casa. Lêdo engano, ô maré danada de ruim quando chegamos ali para virar na Praia Vermelha. E não foi diferente a virada para a praia de fora do Forte São João. O relógio da Gi marcava 7 km por hora.
Muito chacoalho nas beiradas em curvas e muita espuma pelo back wash nervoso. Tempo gostoso de remar, até quente. Águas com temperatura boa para mergulho.
Virando ali no cara de Cão a história era outra. Maré esquisita que vira e desvira. Fomos descendo até o Guanabara numa maré meio de lado. Foram os primeiros 24 km da Cris e da Rocio em dupla. Acho que nem se abraçaram na despedida. Rs. Mas aposto que vão querer mais...





Prontas para passarmos cinco dias de verdadeiro recesso do mar. Isso porque estaremos longe pois se estivéssemos por aqui...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Va'a x Video games

Jogos modernos de computação nos fazem reproduzir toda uma realidade. Inclusive alguns envolvendo canoagem. Fico realmente impressionada com o realismo desses novos jogos. 
Mas nada como uma canoa polinésia, um grupo de primos e tios, uma baía da Guanabara com tartarugas e peixes pulando e... uma pista com aviões pousando e decolando.
Pronto, adeus aos vídeos games ao menos por uma longa manhã.



A Marina da Glória é realmente linda com toda uma cidade de prédios ao seu redor e um espelho negro ornamentado por inúmeros veleiros e iates.
Mas saindo da enseada nos deparamos com a pista do Santos Dumont à esquerda, onde tão próximo desse espelho rodeado de prédios, aviões imensos raspam nossas cabeças num infinito subir e descer.
Para ficarmos longe do perigo nada como explicar para as crianças sobre as duas bóias amarelas com setas pretas em cima, viradas para baixo. Indicam sul. Assim temos que ficar ao sul delas. Fora do alcance das turbinas poderosas dos aviões e mesmo dos aviões! Mas para onde é o sul? Dali da baía não é difícil achar um ponto de referência. O shopping Rio Sul! Então fiquemos entre as bóias e o shopping Rio Sul, nunca entre as bóias e a pista do aeroporto. Ainda que próximos às bóias. Mesmo porque é bem mais emocionante!















Livres de vídeo games, shoppings, televisões e afins estávamos prontos para mergulhar na prainha do Flamengo. Eca! Mas ali não é imundo? Quase... Uma mágica se faz ali quando a maré entra. Foi só dobrarmos a bóia de perigo saindo da Marina que o mar negro da Marina passa para a coloração verde e somos capazes de até ver o fundo da areia ao nos aproximarmos da prainha. Bóia de perigo? Isso mesmo. Uma outra boía da saída da Marina que também é amarela mas tem um xis no seu topo. Perigo de quê? Das pedras que existem ali coladas na margem e que podem estragar o fundo do barco se passarmos por cima na maré baixa.
Viu quantas coisas as crianças podem aprender em uma manhã longe dos celulares e computadores? Diria que os adultos aprendem também. E brincando.


Mergulhos, corridas, desembarques na praia nadando e já soube que não sobrou um acordado no final de tarde. Acho que nem os adultos... Sono dos justos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Os recessos valiosos!

Recesso. Dia de acordar sem hora. Senhora do meu destino. Mas ficar longe do mar me inquieta, sinto falta. Então vou remar... V1.

Liguei pra Vik pois sei que ela sempre atrasa e assim teria tempo em cima de qualquer tempo que eu marcasse. Companhia perfeita para chegar na hora que chegar.
No Guanabara encontrei Leo Santi e Borragio. Menos hora marcada ainda pois não há como não jogar conversa fora. Fora hora! Hoje é dia de pausa.
O combinado era quem chegasse na Urca primeiro, esperava a outra. Então estava no combinado... Sem hora.

Com todo o meu tempo entrei no mar sobre Rubi e mirei a praia da Urca num deslizar favorável. Ô recesso bom, até a maré vazante com vontade me mandava descansar. Descansada eu? Derscansada era a Vik que de longe vi lentamente apoiar a ama na areia. Mesmo depois de toda a minha demora lá estava ela também sem hora. Por mais que me sobrassem ainda mais horas, mais horas ela ainda teria no seu tempo! Desremei, remei, enrolei... Ah, não vou descer para pegar a canoa da Vik no cavalete não, recesso. Me viu ali remando quase sem remar e arrumou outro cabra pra ajudar. Pronto, já posso desembarcar... Rs
Lello passava por ali. Até parece anjo que sempre aparece de repente.
Mais um tempo e as duas canoas já miravam para a ilha da Cotunduba. 











Remadinha boa e de conversa em conversa, de livro em livro que eu li e ela leu, já estávamos parando na enseada da Cotunduba para um mergulho. O mar verde transparente nem de longe parecia o mesmo mar negro e oleoso da baía de Guanabara até o Cara de Cão. Pena que na passagem mais linda por trás da ilha, nada de fotos. Seria arriscar demais meu celular com a tela toda rachada. Tão pouco registrei a passagem por trás da Ilha do Anel e do Anelzinho. Quem passa por ali  em dia de águas claras imagina o que eu poderia ter registrado. Águas lindas e transparentes. Dia mesmo de recesso, de remar devagar longo e profundo tendo cada vez mais a certeza de que esta é a forma de mariscar com uma v1. Que delícia de remada raspando nos costões! Desembarque clássico na Praia Vermelha em homenagem ao que foi ali um dia. A base de clubes pioneiros, Clube Carioca de Canoagem, Carioca Va'a, Praia Vermelha Va'a e Rio Va'a. Praia onde também comecei a remar e que agora de sinais, apenas as bases cortadas dos cavaletes. Perigoso de banhista tropeçar. Aliás, tropeço feio do poder público em proibir a exploração ordenada do lugar para canoagem. Mas quem sabe um dia volta. E assim volta também minha amiga Leticia Argentina que ontem mesmo se queixou de saudades. Depois de um lanche  sentada na areia com a Vik e mais conversa jogada fora, jogamos alguns lixos catados no mar e na areia e voltamos para água. Aliás, que areias sujas. Expulsam as canoas mas nada de expulsar o lixo.










De volta ao mariscar suave e descansado, voltamos até a praia da Urca. Afinal devagar pois estamos em recesso. Me parece que a população e o poder público ainda vivem seu interminável  recesso pois o mar era uma crosta compacta de óleo e esgoto do Forte São João até o Clube de Regatas Guanabara. Triste baía. Bela remada nesta triste baía. Fico imaginando a delícia de remar em águas limpas e acordo para o cotidiano. Aqui não podemos ter recesso. Denuncie, insista, faça o teu papel!
Escaparam algumas fotos desembarcadas que posto aqui. Preciso mesmo de outra máquina à prova d'água pois o bom mesmo está pelo caminho das beiradas