Um dia de verão para ninguém botar defeito. Sol lindo nascendo às seis da manhã e um mar de almirante a perder de vista. A perder a hora, a perder a cabeça.
Acordei me sentindo um pouco só, mas tão logo sentei em Janaína e liguei a música do meu ipod comecei a observar que não estava sozinha, estava cercada de azul, mar, ilhas, gaivotas. Solidão boa.
Apesar da corrente estar ligeiramente de sul, cheguei com Janaína no posto 6 em 30 minutos. Hummm, que mar é esse? Liso, verde, de águas com temperatura perfeita para um mergulho. Seguindo o treino de Gi ainda havia um bom trecho para terminar, então porque não seguir adiante?
E seguindo cheguei ao Leblon bem debaixo dos Dois Irmãos. Sessenta e cinco minutos de verdadeiro êxtase.
Acompanhar uma sequência de remadas que variam em número e intensidade nos distrai pelo percurso, mesmo que diante dessas beiradas não precisemos de qualquer distração, ao contrário, é necessário observar, contemplar... mas isso poderia ser feito na volta!
Praias ainda desertas, mar populoso de nadadores e banhistas, os quais fui raspando com Janaína. Voltamos beirando a areia no sobe e desce das ondas pequenas que quebravam sem assustar ninguém.
Lá no Arpoador um desembarque para tomar uma água de coco pois com esse calor é necessário se hidratar.
Entramos na água e rumamos de volta para a praia Vermelha. Fui lembrando do texto do Antonio em sua remada solo para as Cagarras, ele falava de solidão, de medo mas também de uma paz indescritível e de crescimento como gente.
Na curva da pedra do Arpoador experimentei um pouco do medo, que sempre é necessário nessa vida para gerar a coragem. Cresciam algumas ondas que lambiam o paredão da pedra, mas ao entrar raspando a pedra com Janaína fui percebendo que bastava apontar a proa para o lugar certo que singraría o mar sem nenhum perigo, fui acalmando e voltando ao êxtase. O mar estava tranquilo.
Um vento leve mas constante vinha ao meu encontro ao entrar em Copacabana e continuei beirando a areia até o caminho do pescador no Leme.
Logo logo já entrava na Praia Vermelha ajudada por uma corrente generosa que me explicava que o Leblon não é tão longe assim. Pena mesmo só o lixo que insiste em nos trazer à realidade urbana, cato o que posso.
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