quarta-feira, 5 de setembro de 2012

05 de setembro. Ondas marrons na baía de Guanabara.



Dia amanhecendo mais claro e o convite para 53 remadores foi aceito apenas por cinco. Saímos então em duas canoas duplas e uma individual. A praia da Urca já mostrava como estava o mar... grande, muito grande! As pequenas ondas na areia não são comuns por ali e uma maré extremamente cheia nos mostrou o mar lambendo a mureta numa altura que nunca havia visto.



Maré cheia e de ondas que não nos deixou passar por baixo da ponte do forte. Seguimos então adiante para conferir o Cara de Cão. Quem sabe a Besta não estaria por lá?




A Besta não sei se era, mas ondas enormes e marrons varriam com vontade as pedras e avisavam que não era bom se deixar ficar por ali descuidadas. As ondas ali quando quebram parecem até a pororoca, ainda mais nessa cor marrom. Eu diria que essas eram ondas de perereca. Mas pererecas ou não, é bom tomar cuidado ali na entrada da Barra.














Dali partimos para o meio da baía de Guanabara sobre um mar de lixo e detritos. Espuma branca sobre um mar marrom era o que nos aguardava até a beirada da praia de Botafogo. Muita calma na remada, estilo passeio para não jogar água em ninguém. Vira e mexe pedia desculpas: - Xiii, foi mal. Argh, nojento!













Lá na beiradinha da praia de Botafogo foi colocada uma estátua... "O artista espanhol Jaume Plensa inaugurou nesta segunda-feira (3), na Praia de Botafogo, na Zona Sul do Rio, a escultura do rosto gigante de uma mulher, feito em pedra de mármore e resina. Segundo o escultor, trata-se de uma homenagem a Iemanjá, orixá do qual ele diz ser devoto, e foi construída ao longo de quatro meses pelo artista, que está no Brasil desde novembro. A obra, intitulada 'Awilda', ficará instalada na beira do mar por dois meses, segundo Jaume. A obra faz parte da mostra de arte pública Oir-Outras Ideias para o Rio "


Ornamentando a paisagem. algum artista pescador gaiato aproveitou para encalhar um barco de pesca. Homenagem à Iemanjá também? Sei não, nos parece que a  areia segurou o que o mar não quis... Ficamos brincando por ali de passar entre a areia e a estátua.















Depois foi voltar para a praia pois já era hora de guardar as canoas e partir para o resto do dia. Remadinha tranquila que nem deu para suar. Bom de contemplar... o Rio vale a pena, ainda que sobre um mar marrom e cheio de lixo. Que Iemanjá nos proteja!






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