Nesse dia foi dia de trocar as canoas de praias. Juréia iria para a Praia Vermelha e Janaína para a Praia da Urca. Dia lindo, mar tranquilo e de águas transparentes.
Mas nem tudo é como parece. O mar depois da curva da Praia da Urca deixava sua transparência e vestia o manto negro com cheiro de esgoto, característico daquele canto da baía de Guanabara. Depois da Prainha do meio do forte São Luís, voltava a se despir do manto negro e se pintava de azul.
E a tranquilidade que se via no passar da pá sobre a água se transformava em um sacolejo nervoso ali na esquina do cara de Cão para depois voltar a se acalmar até virar em direção à Praia Vermelha.
As mesmas águas, as mesmas beiradas e cada trecho de um jeito.
O entorno continua deslumbrante, merecedor da eleição para patrimônio urbano da humanidade.
Ao longo do caminho Juréia e Janaína foram encontrando outras embarcações. Ao longo do caminho e também nas areias.
Embarque e desembarque sem ajuda do precioso Jorjão que pescava lá no meio da enseada com Daniel. Mas não faz mal, desembarques e embarques tranquilos.
Gostoso remar em carreira solo e poder ir registrando tudo o que se vê. Gostosa sensação de remar do jeito que quer, no tempo que quiser e na direção que escolher. Estava morta de saudades das meninas, Juréia e Janaína!
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