Dia de sábado chuvoso e pensei: Será que teremos quórum para uma remada? A estiagem nos trouxe os oito remadores de um agendamento de nove. Somados à nós vieram mais cinco do Brava'a. Belo encontro!
Nenhuma gota de chuva e fomos misturados até a Praia Vermelha em um mar liso que foi nosso colchão de água em frente ao Cristo Redentor. Mergulho delicioso no meio de amigos, conversas e beiradas.
E pelo caminho fomos encontrando muita gente querida dos diversos clubes, Rio Va'a, Praia Vermelha Va'a, Moai Va'a, Carioca Va'a. Lindo ver o mar repleto e colorido de remadores.
Em tanto tempo de va'a, vivo novamente o que senti ao sentar pela primeira vez em uma canoa, o espírito do agregar, do compartir. Me sinto voltar à essência do esporte que foi o que me atraiu para as beiradas.
Novos remadores misturados com antigos e um mesmo objetivo, navegar.
Parece que a natureza converge para a mesma energia e nos apresenta um dia cinza, sem calor e sem chuva e com um mar na Praia Vermelha verde cristalino. Apenas perto do Forte Lage um canal de óleo de algum barco ou navio que navega por essas águas jogando equívocos e descasos sobre a nossa baía de Guanabara.
Mas já chegando na praia do flamengo, ali colado na Marina da Glória, águas transparentes e convidativas. É incrível como esta prainha que antes me parecia tão esquecida e maltratada se revela como o melhor point da zona sul para um mergulho. Areias limpas, apenas com um outro lixo abandonado e vazia de gente.
Desembarque em equipe, equipe única chamada va'a, e depois um café compartilhado na barraca do Júlio me aponta o caminho. Caminho de luz!